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Aqui está uma olhada na vida de Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil.
Data de nascimento: 21 de março de 1955
Local de nascimento: Campinas, Brasil
Nome de nascença: Jair Messias Bolsonaro
Pai: Percy Geraldo Bolsonaro, dentista
Mãe: Olinda Bonturi Bolsonaro
Casado: Michelle Bolsonaro; Ana Cristina Valle (divorciada); Rogéria Bolsonaro (divorciada)
Crianças: com Michelle Bolsonaro: Laura; com Ana Cristina Valle: Jair Renan; com Rogéria Bolsonaro: Flávio, Carlos e Eduardo
Educação: Academia Militar das Agulhas Negras, 1977
Militares: exército, capitão
Religião: católico romano
Provocador conservador, Bolsonaro tem predileção por fazer declarações inflamatórias. Seus alvos retóricos incluem mulheres e a comunidade LGBTQ. Em 2003, ele disse a uma congressista que ela não merecia ser estuprada. Em entrevista à revista Playboy em 2011, Bolsonaro disse que seria incapaz de amar um filho gay. Ele expressou um sentimento de nostalgia pelo passado do Brasil como uma ditadura militar.
Bolsonaro cumpriu sete mandatos como deputado federal na Câmara dos Deputados. Enquanto estava no congresso, suas prioridades incluíam proteger os direitos dos cidadãos de possuir armas de fogo, promover os valores cristãos e endurecer o crime. Em 2017, ele disse: “Um policial que não mata não é um policial”.
Bolsonaro mudou de filiação partidária várias vezes, chegando a fazer campanha para presidente como membro do Partido Social Liberal.
Quando Bolsonaro assumiu o cargo, o Brasil passava por um período prolongado de mal-estar econômico e crescente insegurança. Sua ascensão foi precedida por um escândalo de corrupção que abalou instituições políticas e financeiras. Durante seu discurso de posse, Bolsonaro prometeu transformar o Brasil em um “país forte e em expansão”.
1986 – Bolsonaro escreve uma coluna de opinião para a revista Veja que critica o sistema de remuneração do Exército Brasileiro. Ele é posteriormente disciplinado por insubordinação.
1989-1991 – Vereador pelo Rio de Janeiro.
1991-2018 – Deputado representando o Rio de Janeiro na Câmara dos Deputados.
22 de julho de 2018 – Bolsonaro anuncia que está concorrendo à presidência.
15 de agosto de 2018 – Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente do Brasil, anuncia que apresentou a papelada necessária para se registrar como candidato do Partido dos Trabalhadores para concorrer contra Bolsonaro. Lula da Silva faz campanha da prisão, onde cumpre pena de 12 anos por corrupção.
1 de setembro de 2018 – A mais alta corte eleitoral do Brasil proíbe Lula da Silva de concorrer à reeleição enquanto estiver preso. Por fim, um ex-prefeito de São Paulo chamado Fernando Haddad entra como candidato do Partido dos Trabalhadores.
6 de setembro de 2018 – Bolsonaro é esfaqueado no estômago durante comício de campanha. Ele passa mais de três semanas no hospital se recuperando.
7 de outubro de 2018 – Os eleitores votam no primeiro turno das eleições. Embora Bolsonaro tenha mais votos do que Haddad, ele não ultrapassa a barreira dos 50%. Um segundo turno está marcado para o final do mês.
28 de outubro de 2018 – Bolsonaro vence o segundo turno. A contagem final mostra Bolsonaro com 55,13% e Haddad com 44,87%.
1 de janeiro de 2019 – Bolsonaro toma posse. No mesmo dia, ele emite uma série de ordens executivas. Uma ordem poderia retirar muitas proteções dos direitos civis LGBTQ, eliminando questões LGBTQ da lista de assuntos tratados pelo Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos. Outra ordem dá ao Ministério da Agricultura autoridade para designar terras indígenas, abrindo caminho para o desenvolvimento agrícola em áreas que antes estavam fora dos limites.
15 de janeiro de 2019 – Assina uma ordem executiva eliminando temporariamente um regulamento que limita a compra de armas de fogo apenas a indivíduos que justifiquem a posse de uma arma. O regulamento deu liberdade à polícia para aprovar ou negar a venda de armas.
28 de janeiro de 2019 – Autoridades dizem que Bolsonaro passou por uma cirurgia bem-sucedida para remover uma bolsa de colostomia que lhe foi colocada depois de ser esfaqueado há quatro meses.
28 de fevereiro de 2019 – Bolsonaro se reúne com o líder da oposição venezuelana e autoproclamado presidente interino, Juan Guaidó, em Brasília. Durante uma coletiva de imprensa conjunta, Bolsonaro promete o apoio do Brasil para ajudar a garantir que “a democracia seja restabelecida na Venezuela”.
3 de maio de 2019 – Um porta-voz de Bolsonaro anuncia que o presidente cancelou uma viagem a Nova York, onde seria homenageado com o prêmio Personalidade do Ano da Câmara de Comércio Brasileiro-Americana. A viagem foi cancelada em meio a uma reação política. O local anfitrião original do evento, o Museu Americano de História Natural, foi cancelado e alguns patrocinadores corporativos desistiram. O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, chamou Bolsonaro de “um homem perigoso”.
7 de maio de 2019 – Bolsonaro assina uma ordem executiva relaxando as restrições de controle de armas. A ordem executiva facilita a importação de armas e aumenta a quantidade de munição que um indivíduo pode comprar anualmente.
11 de julho de 2019 – Durante coletiva de imprensa, Bolsonaro diz que quer que seu filho, Eduardo Bolsonaro, seja embaixador nos Estados Unidos. Ele diz que Eduardo é amigo dos filhos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
23 de agosto de 2019 – Bolsonaro anuncia plano de enviar tropas do Exército para o combate incêndios florestais varrendo a floresta amazônica.
26 de agosto de 2019 – Na cúpula do G7 na França, o presidente francês Emmanuel Macron anuncia um fundo de emergência de US$ 20 milhões para ajudar o Brasil com os incêndios. Bolsonaro responde que não pode aceitar as “intenções de Macron por trás da ideia de uma ‘aliança’ dos países do G7 para ‘salvar’ a Amazônia, como se fôssemos uma colônia ou terra de ninguém”. A disputa se desenvolve depois que um usuário do Facebook posta um meme ridicularizando a aparição da esposa de Macron na página de Bolsonaro e o presidente brinca: “Não humilhe o cara… haha”.
8 de setembro de 2019 – Bolsonaro passa por uma operação de hérnia para tratar complicações de cirurgias anteriores realizadas enquanto se recuperava de uma facada.
24 de dezembro de 2019 – Conta à rede Band TV que ficou internado durante a noite após cair no palácio presidencial em 23 de dezembro. Ele diz que teve uma breve perda de memória, mas que já se recuperou.
19 de abril de 2020 – Bolsonaro participa de uma manifestação na capital do país, onde os manifestantes pediram o fim das medidas de quarentena do coronavírus e alguns pediram intervenção militar para fechar o Congresso e o Supremo Tribunal Federal. Posteriormente, ele defendeu sua participação, dizendo que não convocou uma ação militar contra os demais poderes do país.
23 de junho de 2020 – Bolsonaro é ordenado por um juiz federal em Brasília a usar uma máscara facial em público ou enfrentar uma multa. A decisão se estende a todos os servidores públicos do Distrito Federal, onde fica a capital Brasília.
7 de julho de 2020 – Bolsonaro anuncia que testou positivo para Covid-19, após meses minimizando o vírus.
16 de março de 2021 – Um tribunal brasileiro ordena que Bolsonaro pague indenização a uma jornalista depois que ele fez comentários que questionaram sua credibilidade.
27 de abril de 2021 – O Senado do Brasil lança um inquérito na terça-feira sobre a resposta do governo federal ao Covid-19.
14 de julho de 2021 – Bolsonaro está internado no hospital para investigar a causa dos soluços persistentes que estão levando a dores abdominais, segundo a Secretaria Especial de Comunicação Social do Brasil.
3 de dezembro de 2021 – O Supremo Tribunal do Brasil ordena uma investigação sobre a falsa alegação de Bolsonaro de que as pessoas que foram vacinadas contra o Covid-19 podem ter um risco maior de contrair AIDS. O inquérito é instaurado em resposta a um pedido da comissão parlamentar do país que investiga a resposta do governo Bolsonaro à pandemia.
3 de janeiro de 2022 – Bolsonaro é internado em um hospital com um bloqueio no intestino, o último problema médico relacionado ao esfaqueamento de 2018.
29 de junho de 2022 – Um tribunal brasileiro determina que Bolsonaro deve pagar “danos morais” de 35.000 reais (aproximadamente US$ 6.700) a uma jornalista brasileira depois de fazer comentários com insinuações sexuais sobre ela em 2020.
2 de outubro de 2022 – Na eleição presidencial, Bolsonaro termina com 43,2% contra 48,4% de Lula da Silva. Qualquer um dos candidatos precisava superar 50% para ser eleito no primeiro turno, então os dois se enfrentarão em um segundo turno em 30 de outubro.
30 de outubro de 2022 – Bolsonaro perde a candidatura ao segundo mandato, após receber 49,1% dos votos contra Lula da Silva, que vence com 50,9%.
22 de novembro de 2022 – Bolsonaro apresenta uma petição às autoridades eleitorais brasileiras contestando formalmente os resultados da votação presidencial, alegando que algumas máquinas de votação não funcionaram e que quaisquer votos nelas lançados devem ser anulados. A petição é rejeitada no dia seguinte.