Ainda à procura de bancos e fundos para financiar o que resta de sua dívida de mais de R$ 20 bilhões, a Oi vem estudando alternativas para reestruturar o seu passivo sem a necessidade de novas aprovações dos credores.
Segunda informação do jornal Valor Econômico, a empresa pode até fiscalizar a uma nova recuperação judicial ou extrajudicial. No fim de 2022, após mais de seis anos de negócios com credores, o processo de recuperação judicial da operadora de telefonia foi finalmente concluído.
O modelo a ser adotado ainda não foi definido pela Oi, mas o assunto está sobre a mesa. O mais provável é que a companhia opte por um segundo pedido de recuperação judicial.
Atualmente, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e o Itaú Unibanco estão entre os maiores credores da Oi.
A empresa de telefonia trava uma briga na Justiça com os principais bancos detentores de sua dívida, continuando em setembro em R$ 22 bilhões. Desde 2021, o Itaú, Caixa e Banco do Brasil tentam impedir o fim da recuperação judicial da Oi e pedem o congelamento dos quase R$ 7 bilhões levantados pela empresa com a venda de parte de seus ativos.
A Oi entrou com um pedido de recuperação judicial na Justiça do Rio em 2016. Na época, a empresa devia mais de R$ 65 bilhões, e como processo com os credores não havia avançado.
Em 2017, os créditos aprovaram o plano de recuperação judicial, que acabaram prestando os passivos em 40% pelo meio da conversão de dívidas em participação acionária na companhia.
Venda da Oi
Em setembro de 2020, os créditos aprovaram a inclusão da venda de ativos da Oi no plano de recuperação judicial. Em dezembro do mesmo ano, a venda da Oi Móvel, subsidiária de telefonia celular, rendeu R$ 16,5 bilhões aos credores. Os ativos foram divididos entre as operadoras Vivo, Tim e Claro.
Em 2021, a empresa de rede de fibra óptica criada pela Oi foi vendida a fundos de investimentos e uma empresa de cabos submarinos por R$ 12,9 bilhões. Em agosto deste ano, a Oi vendeu cerca de 8 mil torres de telefonia fixa por R$ 1,7 bilhão.
Segundo dados da Anatel, a Oi tinha, no fim de outubro deste ano, cerca de 5 milhões de assinantes do serviço de internet de banda larga fixa. Em telefonia móvel, eram 47,7 milhões de clientes.