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No DF, 287 mulheres ameaçadas são monitoradas a distância por programa

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Mais de um ano e nove meses após a inauguração do Dispositivo Móvel de Proteção à Pessoa (DMPP), 287 mulheres são recorrentes pelo programa no Distrito Federal. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP-DF)o mecanismo monitora, simultaneamente, vítima e agressor, em tempo real, estabelecendo distância segura entre eles.

Para fazer uso do dispositivo, é preciso ter uma experiência da Justiça. Na maioria das vezes, são atendidas mulheres que estão sob medida protetiva de urgência, prescrição na Lei Maria da Penha.

Quando autorizada pelo Judiciário, a mulher recebe um dispositivo que informa a ela sobre a aproximação do agressor. O item também pode ser acionado sempre que a vítima se sentir em perigo.

Ainda de acordo com a SSP-DF, o agressor recebe uma tornozeleira eletrônica. Até o momento, 104 agressores já passaram pelo monitoramento. Tanto os homens quanto as vítimas são decorrentes do Centro Integrado de Operações de Brasília (Ciob).

Medidas protetivas: DF faz 1ª prisão com base em novo dispositivo

Quando a distância mínima determinada pela Justiça por ultrapassada, é emitido um alerta para vítima, agressor e para a Diretoria de Monitoramento de Pessoas Protegidas, no Ciob, que fará contato imediato com as partes envolvidas e com a Polícia Militar (PMDF).

Estrutura e prevenção

O dispositivo faz parte das ações do SSP de enfrentamento ao feminicídio e à violência doméstica. Cada aparelho, seja tornozeleira ou dispositivo e a estrutura necessária para o monitoramento tem custo diário de R$ 5,99.

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De acordo com o painel da Secretaria de Segurança Pública, em cerca de 41% dos casos de feminicídio consumados em 2022, as vítimas (7) morreram por arma branca, 35% (6) por agressão física, 16% (2) por objeto contundente e 8% (1) por arma de fogo.

Cerca de 64% dos casos tiveram o ciúme como a principal motivação, e 58,8% ocorreram no interior de residências.

Conforme os dados da SSP-DF, 50% dos autores têm entre 18 a 29 anos. A grande maioria deles acabou presa após o feminicídio.

Relembre casos

Neste ano, o DF registrou 17 feminicídios, segundo os dados mais recentes da Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP-DF), computados até 13 de dezembro deste ano. Os casos registrados nesta semana e que estão sendo investigados como feminicídio ainda não se somaram às estatísticas.

A moradora do Itapoã Patrícia Silva Vieira Rufino, 40 anos, morreu em 17 de setembro. O suspeito pela morte arrancou a pia do banheiro e consumiu a cabeça da vítima diversas vezes. O homem acabou preso em flagrante no dia do crime.

Assim como o caso de Patrícia, as outras vítimas foram mortas com requintes de selvageria, como espancamentos, esfaqueamentos e estrangulamentos.

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A moradora de Ceilândia Vanessa Lopes dos Santos, de 31 anos, foi encontrada morta em 2 de outubro com sinais de esfaqueamento ao lado de uma estação do metrô, na QNN 7. A tragédia reflete um padrão visto na maioria das mulheres vítimas neste ano na capital. No caso de Vanessa, o suspeito é Douglas D’Aguiar de Sousa, 29 anos, companheiro da vítima.

Canais de denúncias

As forças de segurança do DF bloquearam de quatro meios para recebimento de denúncias: uma denúncia on-line, que pode ser feita por meio do ligação; o telefone 197, opção 0 (zero); o e-mail [email protected]; eo WhatsApp (61) 98626-1197. A PMDF se coloca à disposição pelo 190.

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Fonte Metropoles

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