Num ato falho, a reportagem do site da Câmara dos Deputados informa, no desenho do roteiro da posse, que o presidente eleito, depois de subir a rampa, receberá a faixa de Temer (Michel Temer).
A matéria em si não cita o nome de Temer, e relata cada passo da solenidade, desde à chegada à Catedral de Lula e Alckmin, com as respectivas esposas, onde começa o desfile. Depois, segue em carro aberto para a sessão solene no Congresso, onde o presidente eleito faz o compromisso constitucional e assina o termo de posse com seu vice.
O texto da reportagem até informa que, na posse no Planalto, “conforme a praxe”, o eleito recebe a faixa do “antecessor”, que pode ocorrer no pé da rampa ou no Parlatório.
Mas na arte que acompanha a matéria, do último dia 22, com o roteiro da posse e até com desenho do Rolls Royce, no ato falho, informa que, nessa parte final da cerimônia, no Planalto, às 16h25, “o presidente chega ao Palácio do Planalto para subir uma rampa. Recebe a faixa presidencial de Temer”.
Um lapso. Esse roteiro final deve ter sido utilizado na posse de Jair Bolsonaro, em 2019. Pouco imaginável também Temer entregando a faixa a Lula, depois das rusgas na campanha, quando o petista se referiu ao emedebista como “golpista”, que teria atuado pelo impeachment de Dilma Rousseff, em 2016. E Temer sequer tem ido aos atos envolvendo Lula, com sua diplomação no TSE.
