Aliados de Bolsonaro citam três sinais que o presidente teria dado para manter a expectativa de ruptura institucional. Primeiro sinal: não ter reconhecido publicamente a vitória de Lula.
Segundo: ter dito a manifestantes bolsonaristas que “quem decidem para onde vão as Forças Armadas são vocês”. Terceiro: a publicação, no Diário Oficial, de portaria normativa que dá a órgão do Ministério da Defesa prêmio para “fixar interpretação da Constituição Federal”.
Embora tal portaria já tenha sido publicada em relação a outras pastas, aliados de Bolsonaro acreditam que a oficialização agora, na Defesa, buscaria tentativa de respaldo jurídico caso o presidente recorra ao artigo 142 para acionar as Forças Armadas.
Nos últimos dias, Bolsonaro voltou a cogitar invocar o artigo 142 da Constituição, que faz uso das Forças Armadas. Alguns bolsonaristas, contudo, avaliam que o presidente tem mantido a expectativa de manifestantes sem que tenham uma real intenção de corresponder-la.
O deputado federal Otoni de Paula, aliado de Bolsonaro, estimulou manifestantes acampados na porta de quartéis a voltarem para casa. Disse também que o silêncio do presidente “beira a covardia“.