Gastos para comer fora orientados 20,6% e, para refeições em casa, 18,6% na região de Campinas

Campinas e Região



Dados do IPC Maps comparam gastos de 2021 e 2022 na região metropolitana. Para especialista, o índice refletiu e aumentou o potencial de consumo nas cidades. Pesquisa aponta alta com gastos em alimentação em Campinas e região Os gastos da população da região de Campinas (SP) para comer fora – em bares, restaurantes e afins – tiveram um aumento de 20,6% em 2022 em relação a 2021 segundo o Índice Mapas de Potencial de Consumo (IPC). O mesmo levantamento indicou que o montante gasto com refeições em casa também registrou um aumento, de 18,6%. O valor movimentado com alimentos fora de casa saltou de R$ 4 milhões, em 2021, para 4,8 milhões em 2022. Já as refeições dentro de casa oscilaram de R$ 8 milhões para R$ 10 milhões neste ano. Os dados, para o IPC, refletem, além da preservação, uma recuperação no potencial de consumo. “Isso mostra que efetivamente a população voltou a consumir produtos dessas três categorias, envolvendo alimentação em geral e bebidas. E esse valores de crescimento também tem que ser analisados ​​do ponto de vista de que houve uma consideração alta desses produtos agora em 2022.” Com tomate ‘vilão’, cesta básica em Campinas tem alta de 2,18% e bate R$ 727 em novembro Preços de produtos para ceia de Natal variam até 207% em supermercados de Campinas Os dados consideram como 20 cidades da Região Metropolitana (RMC ), mas o diretor do IPC, Marcos Pazzini, ressalta que, quando analisamos o município de Campinas (SP) com atenção, o aumento é ainda maior, ficando acima, inclusive, da média nacional. “Enquanto a alimentação no domicílio na RMC o crescimento foi de 18,6%, na cidade [de Campinas] foi de mais de 32%. Então quer dizer a recuperação no município de Campinas, que é quem puxa o potencial de consumo da região metropolitana, foi bem acima da média dos outros municípios e bem acima da média do Brasil, cujo o crescimento nessa categoria foi de 10,4%. “, acrescenta. Alimentos no Ceasa de Campinas Reprodução/EPTV Comerciantes e consumidores De acordo com Sérgio de Simone, dono de um restaurante no Parque Industrial, em Campinas, o aumento dos preços nas refeições prontas é um reflexo das altas dos alimentos nos supermercados. Ele afirma que, no ano passado, os preços da carne, do arroz e das embalagens foram o motivo da alta. Já em 2022, o problema vem dos produtos hortifrutis. “São dois custos fixos, que é a parte de água e energia elétrica , e também o hortifruti teve uma alta muito expressiva. Então, em uma época dessa que estamos convivendo, temos que fazer economia ao máximo, para evitar o mínimo de subir [os preços] o cardápio, para transferir para o consumidor.”, relata Sérgio A professora Desiree Gandara reforça que comer fora tem sido um desafio para a família. “Eu adoro sair para comer fora, e eu reparo que está muito difícil. Eu sempre saio com meu marido e meu filho, e a gente não gasta menos que R$ 200 nós três, não importa o local que a gente vá. Até para sentar e comer um lanche, e uns R$ 150.”, afirma. O empresário Ronaldo Maciel reforça que as refeições em restaurantes têm sido cada vez menos frequentes nos últimos anos. “Deu uma alta muito significativa nos últimos tempos, está meio difícil para conseguir sair sempre, fazer a refeição fora, tem que limitar. Infelizmente era algo que, anteriormente, a gente fazia com mais frequência, mas acaba hoje limitando um pouco mais.” conclui, Ronaldo. Gastos em casa Já a dona de casa, Edna Oliveira, destaca o aumento dos gastos com os alimentos em casa, e afirma sua preocupação com o avanço dos preços. “Está um absurdo, não sei onde a gente vai parar. Está demais, a gente corre aqui, corre ali, pesquisa aqui, pesquisa ali, mas é complicado.”, lamenta. Jailton Lopes dos Santos trabalha com serviços gerais, e percebe o aumento nos preços das carnes, e relata a dificuldade de conseguir comprar o item. “Eu fico mais observando os preços. Não é nem qualidade, é preço. Então não dá mais para o cidadão viver com um salário de R$ 1.200, não dá!”, afirma. O dono da padaria, Jackson Barbosa afirma que tenta segurar os preços e não repassar ao consumidor os reajustes que encontra com os fornecedores, porém , nem sempre é possível. “Você vai vender um pãozinho hoje, você tem o saquinho de papel, você tem a sacolinha de plástico, e você tem os impostos, quanto você junta tudo isso aí, a sua margem de lucro é quase zero. Energia, empregado, aluguel, gás; tudo isso subiu, então você tem que repassar isso no produto.” VÍDEOS: Tudo sobre Campinas e região Veja mais notícias da região no g1 Campinas

Fonte G1

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