Camarões: descubra a origem do nome do país, adversário do Brasil no jogo de hoje

Campinas e Região



Região africana é rica em biodiversidade e cultura; crustáceo tem relação com nome dado pelos colonizadores. Crustáceo inspirado nome do país Adam White (1817–1879), Public domain, via Wikimedia Commons A seleção brasileira chega ao seu terceiro jogo em busca do “Hexa” na Copa do Mundo, realizada no Catar. A disputa desta sexta-feira é contra Camarões. Mas você já se perguntou por que o país que fica na África Central tem esse nome? Bom, os crustáceos têm tudo a ver mesmo com essa história. Na realidade, uma espécie em especial: o camarão-fantasma (Lepidophthalmus turneranus), típico da África Ocidental. A espécie foi descrita cientificamente em 1861 por Adam White. Esse crustáceo é conhecido por viver em bandos formados por milhares desses bichinhos. Imagine então quando a natureza desta região era quase intocada? Exploradores portugueses, ao chegarem ao rio Wouri, no século XV, ficaram impressionados com a grande quantidade desses crustáceos que apareceram ao longo do caminho. Foi a partir disso, que deu à região o nome de “Rio dos Camarões”. Mais tarde, já no século XIX, os alemães chegaram ao local para expulsar os portugueses dali. Mudaram então o nome do rio, que passou a ser chamado de Kamerun. Depois da Primeira Guerra Mundial, franceses e ingleses tomaram conta do território que foi dividido em duas partes. De um lado ficava “Camerun”, ocupado pelos Camarões Franceses. Enquanto do outro estava “Cameroon”, dos Camarões britânicos. Só em 1960 as duas regiões se tornaram independentes e deram origem ao país que hoje usamos como a República dos Camarões, ou apenas Camarões, onde vive uma população de 27 milhões de habitantes. Mini África Depois de se tornar independente, Camarões passou a ser chamado também de “Mini África”, por abrigar uma representação de toda variedade de paisagens naturais e riqueza étnica e cultural deste continente. O inglês e o francês são os idiomas oficiais. Mas o país é composto por pessoas de pelo menos 200 grupos étnicos, os quais se expressam em mais de 250 línguas diferentes. Pra se ter uma ideia, atualmente, Camarões é considerado o segundo país africano com maior diversidade linguística, atrás apenas da Nigéria. Isso torna o lugar um grande pólo cultural com danças, roupas e trajes diferentes reunidos em um único lugar. O norte do país é de maioria muçulmana, enquanto cristãos – católicos e protestantes – dominam o sul de Camarões. Encontrados em reservas dda região AP Diversidade de fauna Além da variedade cultural, o território camaronês abriga uma grande diversidade de espécies. O país de clima tropical e semiárido possui um destaque com montanhas e planaltos dissecados e uma vegetação composta por florestas e savana, que abrigam muitas formas de vida. Considerando todas as áreas terrestres protegidas, o país resguarda mais de 10% do seu território. O país é coberto por florestas, boa parte delas intocadas. Bebê ainda não tem nome; duração durou cerca de oito meses Frank Perry/AFP Entre as reservas está o Parque Bénoué com 180 mil hectares, seis vezes maior do que o nosso Parque Nacional do Itatiaia, entre Minas Gerais e Rio de Janeiro, por exemplo. O Parque Bénoué é o mais conhecido. Ele se tornou uma reserva de Fauna em 1932. O local é conhecido por sua população de hipopótamos, elefantes, hienas, búfalos e antílopes, além de uma pequena população de leões. Lá também já foram identificados 306 espécies de aves. O país também é conhecido por sua diversidade de borboletas: são mais de mil espécies registradas. O país do futebol? Copa do Catar – Suíça x Camarões REUTERS/Suhaib Salem Você sabia que o futebol é o esporte nacional de Camarões? A camisa da Seleção de Camarões tem dois escudos, um da federação de futebol e outro de um leão, forte símbolo do país. Considerando todas as competições e amistosos, brasileiros e camaroneses se enfrentaram seis vezes, com cinco vitórias do Brasil e uma do time africano. O único triunfo de Camarões foi em 2003, na Copa das Confederações, disputada na França, por 1 a 0. Torcida de Camarões antes do jogo contra a Suíça REUTERS/Issei Kato

Fonte G1

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