Dados do Caged mostram a criação de 4,8 mil vagas no mês, queda de 4,9% em relação ao mesmo período de 2021. Para Observatório PUC-Campinas, padrão de remuneração baixo não sustenta consumo e ‘cenário não é animador’. Comércio no Centro de Campinas Reprodução/EPTV Responsável pela maior fatia das 4,8 mil vagas de trabalho formal criadas em outubro na Região Metropolitana de Campinas (RMC), o comércio sofre com o cenário de captura de demanda, conforme avaliação da professora e economistas do Observatório PUC-Campinas, Eliane Navarro Rosandiski. Segundo a especialista, as contratações possuem um padrão de remuneração baixa que não sustentam o consumo, e a volta da fachada faz com que o “cenário não seja animador”. “Os sinais de proteção dessa demanda estão grandes. Estamos com padrão de bolsas abaixo do que foi o mês anterior. Quando você olha para a situação das famílias, a grande maioria está endividada, alguns para comprar comida. O mercado de trabalho reage a isso “, explica Eliane. Segundo a economistas, para que facilite uma mudança, é preciso recomposição da confiança, “com o novo governo definindo estratégias, ações macroeconômicas que podem mostrar uma recuperação. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta terça-feira (29) pelo Minstério do Trabalho e da Previdência Social mostram que o total de vagas criadas no mês representa uma queda de 4,9% em relação a outubro de 2021. Números que só não foram piores pelo bom desempenho de Holambra (SP) no agronegócio – foram criadas 936 vagas, quase a totalidade para o setor na RMC. Maior cidade da região, Campinas criou 441 vagas no comércio, mas viu o fechamento de 432 postos em serviços. a serviços prestados à indústria, que sem consumo, deixa de produzir e gerar empregos. “Estamos avaliando os dados de outubro com a cabeça de novembro. É bom pontuar que o próximo relatório vai ter mais contratações no comércio, o que é normal para a época do ano, mas provavelmente vai acentuar a queda na indústria. Já há dificuldade nas cadeias de produção e chegada de insumos, além da queda no consumo. Tudo que desfavorece a indústria faz com que nossa região sinta com intensidade”, pontua Rosandiski. VÍDEOS: confira outros destaques da região Veja mais notícias da região no g1 Campinas
Fonte G1