Estudo do Observatório PUC-Campinas permitiu que o preço médio, em junho, chegasse a R$ 722, o que corresponde a 54,7% do salário mínimo atual. Campinas é a 6ª cidade do país com cesta básica mais cara, diz pesquisa O valor da cesta básica em Campinas (SP) é a sexta maior do Brasil, de acordo com um estudo inédito do Observatório PUC-Campinas, que faz análises na região. Em junho, o preço médio chegou a R$ 722, o que equivale a uma queda de R$ 10 em comparação com o número em maio. No entanto, o índice ainda corresponde a 54,7% do salário mínimo, que atualmente é de R$ 1,320. Segundo o estudo, o valor está muito acima do normal, considerando que um salário mínimo deveria ser o suficiente para o total de três cestas básicas. Entenda abaixo. 📋 Quais foram as dez cidades com cesta básica mais cara em junho? São Paulo – R$ 783 Porto Alegre – R$ 774 Florianópolis – R$ 772 Rio da Janeiro – R$ 741 Campo Grande – R$ 730 Campinas – R$ 722 Curitiba – R$ 701 Vitória – R$ 691 Brasília – R$ 687 Goiânia – R$ 669 🍞 Por que o valor da cesta básica em Campinas é tão alto? O economista e coordenador de pesquisa, Pedro Costa, afirmou à EPTV, afiliada da TV Globo, que o preço tão alto da cesta básica em Campinas – abaixo apenas de cinco cidades – se justifica, primeiro, pelo tamanho da população. De acordo com os dados do Censo 2022, divulgados pelo IBGE no mês passado, a metrópole o 14º município mais populoso do Brasil, à frente de 15 capitais, com 1.138.309 habitantes. Além disso, o fato de estar na região Sudeste, que tem a renda mais alta do país, também colabora para o valor elevado. “Creio que é o lugar que ela deve ocupar, dado o porte da cidade, e também pelo tamanho da população. Para os próximos meses, a tendência é que a cesta básica siga uma tendência de queda e desaceleração dos preços”, disse o economista. Valor da cesta básica em Campinas em junho foi o 6º maior do Brasil Reprodução/EPTV 🍖 Como fazer para ‘driblar’ os preços mais “salgados”? Os itens de alimentação e hortifruti costumam, segundo o pesquisador, variar até dentro do próprio mês. Por isso, a dica é pesquisar em vários estabelecimentos e buscar promoções “Se o item tiver mais caro é bom esperar na próxima semana porque ele pode obter uma queda”, explicou Costa. Uma consumidora que conversou com uma reportagem ainda afirmou que costuma buscar programas de fidelidade dos mercados para obter descontos. “Tenho cadastro para ter mais vantagens, prêmios. As donas de casa precisam se unir e uma falar para a outra onde tem o valor melhor”, pontuou Tânia Maria Gonçalves. 🥛 Quais itens são considerados de cesta básica? Farinha Carne Pão Francês Café Banana Tomate Feijão Açúcar Manteiga Leite Arroz Óleo Batata Cesta mais vazia Um projeto social de uma igreja que ajuda famílias carentes no bairro São Marcos, em Campinas (SP), já sentiu o reflexo da cesta básica mais cara e constatou queda nas doações. As reduções refletiram na diminuição de cinco refeições preparadas por dia para três, além de itens que tiveram de desaparecer dos kits. Além disso, a quantidade de cestas caiu de 100 para 50 e os responsáveis pelo projeto precisaram fazer campanha com o objetivo de arrecadar mais doações. “O feijão, óleo e arroz são necessários. Então, quando não tem o número necessário desses itens para montar os kits a gente dá um jeito de arrecadar recursos, comprar, fazer campanha”, afirmou o padre Antônio Alves. VÍDEOS: saiba tudo sobre Campinas e Região Veja mais notícias da região no g1 Campinas
Fonte G1