Levantamento da Secretaria de Saúde contempla o período de 27 de março a 26 de junho. Pacientes com dor crônica e condição muscular e/ou ortopédica representam o segundo grupo que mais atendeu o serviço, com 9% dos atendimentos. Serviço de teleconsulta está disponível em 33 centros de saúde em Campinas (SP) Prefeitura de Campinas/Divulgação Três meses após o lançamento do projeto de teleconsultas em centros de saúde, a Secretaria de Saúde de Campinas (SP) registrou 1.335 atendimentos pelo meio novo sistema . Destas consultas, 34% foram ocasionadas por sintomas de sintomas, diabetes e hipertensão (veja os detalhes abaixo). O balanço contempla o período de 27 de março, quando teve início os testes da plataforma, a 26 de junho. Do total de pessoas atendidas, nove (1,5%) foram encaminhadas para Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), enquanto as demais tiveram os casos resolvidos virtualmente, diz a prefeitura. LEIA TAMBÉM: Alta procura: primeiro dia de teleconsultas em centros de saúde de Campinas esgotam agendamentos em menos de 3 horas Além das doenças respiratórias e crônicas, 9% dos pacientes que procuraram o serviço demonstraram dor crônica e condição muscular e/ou ortopédica; 7% relataram sintomas de dengue, febre maculosa e outras infecções; 6% alterações dermatológicas; e 5% apresentaram condições de saúde mental. Principais atendimentos realizados via teleconsulta em Campinas (SP) Desde a última segunda-feira (26), a metrópole ampliou a disponibilização do teleatendimento a 33 centros de saúde. Com isso, o total de teleconsultas disponíveis por semana passou de 100 para 165. A expectativa da massa é de que o número semanal de consultas seja ampliado para 400 a partir do segundo semestre, quando o serviço deve ser oferecido em todas as unidades básicas do município. Veja abaixo os centros de saúde que oferecem o serviço: CS DIC 1 CS Esmeraldina CS Centro CS Capivari CS Nova América CS Costa e Silva CS Boa Vista CS São Marcos CS San Diego CS Aurélia CS Bassoli CS Rossin CS Carlos Gomes CS 31 de Março CS Aeroporto CS DIC 3 CS Joaquim Egídio CS Barão Geraldo CS Santa Mônica CS San Martin CS Rosália CS Eulina CS Cássio Raposo CS Anchieta CS Valença CS Florence CS Santa Rosa CS Sousas CS Conceição CS Taquaral CS Santa Lúcia CS Vila União CS Tancredo Neves Como funciona? O médico que faz o atendimento à distância fica instalado no Hospital Mário Gatti. Esse acesso pode ser feito do local que o paciente desejar. Se uma pessoa não tiver equipamento para o procedimento virtual, poderá acessar o profissional por meio de um computador do centro de saúde; Um pouco antes do horário agendado, um link será enviado para o celular do paciente. Basta clicar e entrar na sala virtual do médico; Se a pessoa aceitar, ela receberá um comprovante com o horário do atendimento on-line por WhatsApp ou SMS; Se para o caso de consulta médica, a enfermeira vai oferecer o serviço de teleconsulta; O paciente com queixa, avalia como baixo risco e que não tem consulta agendada passa pela triagem do CS; A administração municipal prevê que até o final do ano os pacientes possam agendar as teleconsultas pelo site da prefeitura, pelo 160 e também por um aplicativo, que está em desenvolvimento. Médico que faz o atendimento à distância fica instalado no Hospital Mário Gatti Eduardo Lopes Interconsulta Um recurso que já estará disponível a partir da primeira etapa do projeto é a interconsulta, que permite ao médico do centro de saúde se comunicar com especialistas das Policlínicas para tirar dúvidas sobre o encaminhamento. Inicialmente, apenas casos relacionados a cardiologia e endocrinologia serão atendidos dessa forma. A pasta explica que o sistema vai funcionar da seguinte maneira: caso o médico da atenção básica tenha um paciente cardíaco pela frente e queira uma segunda opinião sobre o encaminhamento, pode acessar a plataforma e deixar uma mensagem ao especialista. “O retorno pode, por exemplo, evitar que o paciente preciso seja encaminhado à Policlínica e, dessa forma, ter seu caso resolvido mais rapidamente, sem necessidade de uma nova consulta”, explica a Secretaria de Saúde. Histórico O serviço de telemedicina é fruto de um acordo de R$ 5,9 milhões entre prefeitura e empresa vencedora da licitação, válido por 30 meses e assinado entre as partes em novembro do ano passado. A companhia selecionada, SAS Smart Brasil Informação e Monitoramento LTDA, foi a 11ª entre 19 participantes do processo e as dez primeiras convocadas foram desclassificadas pelo governo por descumprimento de regras. À época da assinatura, a Secretaria de Saúde anteriormente via inicialmente contar com atendimentos on-line de maneira gradativa a partir de fevereiro, o que não ocorreu. A pasta, em comparação, alegou que a implantação está dentro do cronograma comprovado para o projeto, e que após a ordem de serviço aguarda a compatibilidade do sistema da telemedicina aos programas do Ministério da Saúde. LEIA MAIS: Campinas conclui licitação da telemedicina 10 meses após publicação do edital e por R$ 5,9 milhões Campinas regulamenta serviços de telessaúde para atendimento nas unidades; entenda como e quando vão funcionar Campinas vai propor extensão de carga horária para médicos da rede pública ao implementar telemedicina, diz Saúde “A empresa recebe apenas o proporcional aos serviços prestados. Nos próximos dias serão realizados os testes de validação com a população para que os quatro primeiros centros de saúde começam a oferecer o serviço aos pacientes. Esta etapa é fundamental para o sucesso do serviço”, destacou a pasta ao mencionar ainda que equipes de tecnologia da informação (TI) vinculadas à prefeitura acompanham o processo para permitir que recursos tecnológicos e de segurança são compatíveis. Antes da assinatura do contrato, o Ministério Público chegou a orientar pela suspensão do acordo diante de contestações que sinalizavam uma “possibilidade de fraude”, mas após analisar a própria promotoria de Justiça se manifestou a favor da continuidade do processo. VÍDEOS: tudo sobre Campinas e região Veja mais notícias da região no g1 Campinas
Fonte G1