Futebol é uma caixinha de surpresas, e é importante prestar atenção para as consequências da torcida intensa durante a Copa do Mundo. Um estudo da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto mostrou que a preocupação é válida — há um aumento de 4% a 8% nos casos de infarto quando a Seleção Brasileira joga.
O cardiologista Sergio Timerman diz que o problema acontece quando a intensidade da emoção é muito alta e se soma a um coração enfraquecido, ou que já está doente.
“O coração é pura emoção. Quando estamos mais vigilantes, sob estresse ou forte euforia, liberamos hormônios que aumentam a frequência cardíaca, a pressão e o fluxo de sangue que o coração precisa bombear”, explica Timerman. Ele é diretor do Centro de Parada Cardíaca e Ciência da Ressuscitação do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP, hospital especializado em cardiologia.
A pesquisa da USP, realizada com base nos torneios que aconteceram entre 1998 e 2010, destaca como o lado torcedor influencia na saúde do coração. “Os jogos em si não são a causa principal do problema. Porém, eles podem sofrer uma sobrecarga no coração, o que se torna um risco especialmente para pessoas com pré-disposição a doenças cardiovasculares”, ressalta o cardiologista.
Paixão Saudável
Ser pela Seleção apaixonada ou por algum tempo, conta o especialista, não tem nada de errado, desde que a pessoa entenda que a torcida é um momento de lazer.
“Essa paixão faz muito bem para o nosso organismo. Mas, se uma pessoa não está cuidando da saúde física e emocional, anda muito estressada e preocupada, isso pode ser um gatilho para problemas como crise hipertensiva, infarto e acidente vascular”, afirma.
Timerman alerta também para excessos na gravação, como o consumo de álcool, comidas pesadas e gordurosas. Em excesso, as bebidas e alimentos são negativos para quem já tem histórico de doenças coronárias ou possui fatores de risco como sedentarismo, sobrepeso e obesidade.
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De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), as doenças cardiovasculares são algumas das principais causas de mortes no Brasil. Segundo a instituição, a maioria dos óbitos poderia ser evitada ou postergada com cuidados preventivos e medidas terapêuticas
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Para a SBC, a prevenção e o tratamento adequado dos fatores de risco e das doenças do coração podem ser suficientes para reverter quadros graves. Para isso, é necessário saber identificar os principais sintomas de problemas cardiovasculares e tratá-los, caso apresente algum deles
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Dentre as doenças cardiovasculares que mais fazem vítimas fatais, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) se destaca. Ele é causado devido à presença de placas de gordura que entopem os vasos sanguíneos aéreos. Entre os sintomas estão: dificuldade para falar, tontura, dificuldade para engolir, fraqueza de um lado do corpo, entre outros
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A arteriosclerose é uma doença causada pelo endurecimento das artérias que levam oxigênio e nutrientes do coração para o corpo. A condição prejudica o fluxo sanguíneo e faz com que o paciente sinta fraqueza, fadiga e dores no peito. Além de estar relacionada com o processo de envelhecimento, a doença pode ser causada por colesterol alto, genética, diabetes e hipertensão
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A cardiomiopatia é outra doença grave que acomete o coração. A enfermidade, que deixa o músculo cardíaco inflamado e inchado, pode enfraquecer o coração a ponto de ser necessário realizar o transplante. Entre os sintomas da doença estão: fraqueza frequente, inchaço e fadiga
SolStock/ Getty Images
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O infarto do miocárdio acontece quando o fluxo sanguíneo no músculo cardíaco é interrompido por longo período. A ausência de sangue na região pode causar sérios problemas e até a morte do tecido. Obesidade, cigarro, colesterol alto e tendência genética podem causar doenças. Entre os sintomas estão: dor no peito que dura 20 minutos, formigamento no braço, queimação no peito, etc.
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Uma das doenças do coração mais comuns, e grave é a doença cardíaca. Ela é identificada pela incapacidade do coração de bombear o sangue para o organismo. A enfermidade provoca fadiga, dificuldade para respirar, fraqueza, etc. Entre as principais causas da enfermidade estão: assistência, diabetes, hábitos não saudáveis, etc.
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A doença arterial periférica, assim como a maioria das doenças do coração, é provocada pela formação de placas de gordura e outras substâncias nas artérias que levam o sangue para membros inferiores do corpo, como pés e pernas. Colesterol alto e tabagismo iniciaram para o problema. Entre os sintomas estão: feridas que não cicatrizam, disfunção erétil e inchaços no corpo
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Causada por bactérias, fungos ou vírus de outras partes do corpo que migram para o coração e infeccionam o endocárdio, a endocardite é uma doença que pode causar calafrios, febre e fadigas. O tratamento da doença dependerá do quadro do paciente e, algumas vezes, a cirurgia pode ser indicada
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Causada devido à inflamação de outros músculos cardíacos, o miocardite pode causar enfraquecimento do coração, frequência cardíaca anormal e morte súbita. Dores no peito, falta de ar e pulsos cardíacos anormais são alguns dos principais sintomas
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Além dos sintomas comuns de cada uma das doenças cardiovasculares, cansaço excessivo sem motivo aparente, prazer ou perda do apetite, dificuldade em respirar, aumentos, calafrio, tonturas, desmaio, taquicardia e tosse persistente podem ser sinais de problemas no coração
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Segundo a cartilha da Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), apesar de alguns casos específicos, é prevenir problemas no coração mantendo bons hábitos alimentares, praticando exercícios físicos possíveis e cuidando da mente
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Apesar do estereótipo de país do futebol do Brasil, a paixão pelo esporte criada no Reino Unido não é exclusiva do povo brasileiro. Na Alemanha, pesquisadores constataram que a incidência de emergências cardíacas aumentou quase três vezes nos dias de jogos da seleção alemã.
A pesquisa, feita pelo Medizinische Klinik und Poliklinik I, em Munique, destaca que a taxa de infartos foi 3,26 maior entre os homens, enquanto as mulheres registraram 1,82 vez mais ocorrências. O estudo foi publicado no periódico científico New England Journal of Medicine.
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