Primeira etapa do serviço oferece 100 atendimentos remotos por semana em 16 unidades de atenção básica do município; confira a lista de locais. Centros de saúde de Campinas oferecem serviço de teleconsulta; entenda como funciona A Secretaria de Saúde de Campinas (SP) lançou nesta quinta-feira (25) o projeto Saúde Digital – SUS, serviço de teleatendimento a pacientes dos centros de saúde. Nesta primeira etapa serão oferecidas 100 teleconsultas por semana em 16 unidades de atenção básica do município. De acordo com a pasta, a expectativa é ampliar para 400 teleconsultas por semana no segundo semestre, em todos os 67 centros de saúde da metrópole. Inicialmente, o teleatendimento foi disponibilizado nas seguintes unidades: CS Barão Geraldo CS Joaquim Egídio CS DIC III CS Aeroporto CS 31 de Março CS Carlos Gomes CS Rossin CS Bassoli CS Aurélia CS San Diego CS São Marcos CS Boa Vista CS Costa e Silva CS Nova América CS Capivari CS Centro A indicação da teleconsulta funcionará da seguinte maneira: Segundo a prefeitura, o paciente com queixa de falta de agendamento de consulta passará por uma triagem do centro de saúde; Caso haja indicação por consulta, a enfermeira irá oferecer o serviço de teleconsulta; Se o paciente aceitar a opção, receberá um comprovante com o horário do atendimento online por WhatsApp ou SMS; O link do teleatendimento será enviado ao paciente minutos antes do horário marcado, para que o acesso seja feito do local em que ele desejar ou preferir; Caso a pessoa não tenha computador, tablet ou celular para a consulta virtual, poderá utilizar um computador do centro de saúde. Os médicos que prestarão os teleatendimentos ficarão hospedados no Hospital Mário Gatti. A expectativa da administração é que até o final do ano os pacientes possam agendar as teleconsultas pelo site da prefeitura, pelo 160 e também por um aplicativo, que está em desenvolvimento. Área do CS Aeroporto, em Campinas; unidade vai oferecer serviço de teleatendimento Carlos Bassan/PMC Interconsulta Um recurso que já estará disponível a partir da primeira etapa do projeto é a interconsulta, que permite ao médico do centro de saúde se comunicar com especialistas das Policlínicas para tirar dúvidas sobre o encaminhamento. Inicialmente, apenas casos relacionados a cardiologia e endocrinologia serão atendidos dessa forma. A pasta explica que o sistema vai funcionar da seguinte maneira: caso o médico da atenção básica tenha um paciente cardíaco pela frente e queira uma segunda opinião sobre o encaminhamento, pode acessar a plataforma e deixar uma mensagem ao especialista. “O retorno pode, por exemplo, evitar que o paciente preciso seja encaminhado à Policlínica e, dessa forma, ter seu caso resolvido mais rapidamente, sem necessidade de uma nova consulta”, explica a Secretaria de Saúde. Campinas prevê telemedicina disponível em todos os CSs Unsplash Histórico O serviço de telemedicina é fruto de um acordo de R$ 5,9 milhões entre prefeitura e empresa vencedora da licitação, válido por 30 meses e assinado entre as partes em novembro do ano passado. A companhia selecionada, SAS Smart Brasil Informação e Monitoramento LTDA, foi a 11ª entre 19 participantes do processo e as dez primeiras convocadas foram desclassificadas pelo governo por descumprimento de regras. À época da assinatura, a Secretaria de Saúde anteriormente via inicialmente contar com atendimentos on-line de maneira gradativa a partir de fevereiro, o que não ocorreu. A pasta, em comparação, alegou que a implantação está dentro do cronograma comprovado para o projeto, e que após a ordem de serviço aguarda a compatibilidade do sistema da telemedicina aos programas do Ministério da Saúde. LEIA MAIS: Campinas conclui licitação da telemedicina 10 meses após publicação do edital e por R$ 5,9 milhões Campinas regulamenta serviços de telessaúde para atendimento nas unidades; entenda como e quando vão funcionar Campinas vai propor extensão de carga horária para médicos da rede pública ao implementar telemedicina, diz Saúde “A empresa recebe apenas o proporcional aos serviços prestados. Nos próximos dias serão realizados os testes de validação com a população para que os quatro primeiros centros de saúde começam a oferecer o serviço aos pacientes. Esta etapa é fundamental para o sucesso do serviço”, destacou a pasta ao mencionar ainda que equipes de tecnologia da informação (TI) vinculadas à prefeitura acompanham o processo para permitir que recursos tecnológicos e de segurança são compatíveis. Antes da assinatura do contrato, o Ministério Público chegou a orientar pela suspensão do acordo diante de contestações que sinalizavam uma “possibilidade de fraude”, mas após analisar a própria promotoria de Justiça se manifestou a favor da continuidade do processo. VÍDEOS: confira outros destaques da região Veja mais notícias da região no g1 Campinas
Fonte G1