Vini Jr. sofre racismo de novo em campo, é expulso e deixa futuro no Real Madrid em aberto durante o desabafo; assistência

Entretenimento

Neste domingo (21), o jogador Vini Jr foi alvo de ataques racistas durante uma partida entre o Real Madrid e o Valência, na La Liga espanhola. Após ser enforcado por um openente e xingado de “macaco” pela torcida, a ponta-esquerda foi o único expulso da partida.

O brasileiro se manifestou em suas redes sociais na sequência e lamentou o ocorrido. No desabafo, Vini condenou a forma como a Espanha tem lidado com o racismo no futebol. “Não foi a primeira vez, nem a segunda e nem a terceira. O racismo é o normal na La Liga. A acha competição normal, a Federação também e os adversários incentivam. Lamento muito. O campeonato que já foi de Ronaldinho, Ronaldo, Cristiano e Messi. Hoje é dos racistas”criticou Vini.

A estrela da seleção brasileira ainda sugeriu que pode até mesmo desistir do futebol espanhol, devido ao que tem sofrido em campo e fora dele. “Uma nação linda, que me acolheu e que amo, mas que aceitou exportar a imagem para o mundo de um país racista. Lamento pelos espanhóis que não concordam, mas hoje, no Brasil, a Espanha é conhecida como um país de racistas. E, infelizmente, por tudo o que acontece a cada semana, não tenho como zagueiro. Eu concordo. Mas eu sou forte e vou até o fim contra os racistas. Mesmo que longe daqui”confessou o jogador.

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Entenda o caso

Os insultos ficaram nos quinze minutos do segundo tempo. Na ocasião, torcedores lançaram uma bola em campo, e o zagueiro Eray Cömert chutou-a na direção do brasileiro, que acabou sofrendo uma falta no mesmo tempo em que preparava uma jogada de ataque. Ao levantar e direcionar-se para a lateral do campo, o público que torcia para o Valencia chamou Vini Jr. de “Mono”, que significa macaco. Assistir:

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Não gostei muito para os xingamentos se agravassem no estádio, motivo pelo qual a partida foi paralisada pelo árbitro Ricardo De Burgos Bengoetxea. Entretanto, a situação piorou ainda mais quando a descoberta o autor das ofensas e foi tirar satisfação. Na sequência, tornou-se, novamente, alvo de ataques racistas, com torcedores pedindo até mesmo sua morte. A ponta-esquerda não escondeu o incômodo e foi aos prantos ainda no gramado.

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A confusão passou das arquibancadas para o campo, após o goleiro do Valencia, Giorgi Mamardashvili, chamar o jogador do Real Madrid de macaco. Instantes depois, Vinícius liderou um mata-leão do adversário Hugo Duro. Em meio aos empurrões entre os membros dos clubes espanhóis, o brasileiro consumido o rosto de Mamardashvili. Mesmo tendo sofrido agressões, ele foi o único expulso do jogo. Confira:

Por fim, o técnico Carlo Ancelotti chamou a ponta do tempo no banco de reservas pedindo que ele se acalmasse. O juíz retomou a partida na qual o Valencia saiu vitorioso por 1×0. Em um relatório do jogo, que viralizou na web, o órgão não relatou os ataques racistas sofridos por Vini Jr., apenas que objetos foram lançados dentro do campo.

Árbitro não relatou episódio de racismo em documento do jogo. (Foto: Reprodução/La Liga)
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Técnico do Real Madrid e presidente da La Liga se pronunciam

Carlo Anceloti se recusou a falar de qualquer outro assunto que não fosse o episódio de racismo contra Vinicius durante coletiva de imprensa pós-jogo. “Não quero falar de futebol. Vocês querem falar de futebol? Foi mais que uma derrota. Não parece? Eu sou muito calmo, mas aconteceu algo que não pode acontecer. Um estádio gritando “macaco” a um jogador, e um treinador pensa em ter que tirá-lo por isso. Algo está muito errado nesta liga. Nada acontece”desabafou ele.

Segundo Carlo, Vini pediu para sair de campo, pois ficou muito abalado com os insultos. “Ele não queria continuar. Disse que não parecia justo, que não era sua culpa. Ele seguiu jogando, e além disso tomou um cartão sem sentido. Vinicius é um dos melhores do mundo. Esses episódios de racismo não podem passar. Foi todo o estádio, não foi só uma pessoa, como em outras ocasiões”acusou o técnico.

Ancelotti destacou, ainda, que a partida deveria ter sido suspensa, mesmo se eles estivessem ganhando o jogo por 3 a 0. Ele contorno que chegou a pedir ao trânsito para interromper a disputa, mas foi ignorado. “Houve neste ano uma dezena de denúncias pelos insultos ao Vinicius. E daí? O que aconteceu? Nada”se revolta ele.

“Eu tenho que pensar em tirar um jogador porque não está bem, mas pensar em tirá-lo por racismo, isso nunca me aconteceu. Já passei por coisas semelhantes outras vezes, mas assim não. É inaceitável. A liga espanhola tem um problema, que não é Vinicius. Ele é vítima de um problema muito grave. Não se pode jogar futebol assim. Estamos em 2023, o racismo não pode existir. A única maneira é parando o jogo”. concluído.

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Já o presidente da La Liga, Javier Tebas Medrano, se isentou da culpa e garantiu que não há nada que ele ou uma organização possa fazer para proteger Vini. “Já quem deveria não explicar o que é e o que pode fazer a La Liga em casos de racismo”, Atirou nele, em resposta ao atleta.

“Tentamos lhe explicar, mas você não apareceu em nenhuma das duas informações combinadas que você mesmo solicitou. Antes de criticar e insultar a liga, é necessário que você se informe aceite, Vini Jr. Não se deixe manipular e confirme-se de que compreende plenamente as competências de cada um eo trabalho que temos feito juntos”escreveu Tebas, no Twitter.

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Fonte CNN

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