Conhecido pelo bordão “Olha a faca!”, com o personagem Patrick no “Zorra Total” Rodrigo Fagundes esteve na manhã desta quarta-feira (17) no “Encontro” e foi apaixonado por um vídeo do marido, o ator Wendell Bendelack. O comediante não segurou as lágrimas e se emocionou ao falar do seu casamento.
No vídeo, Wendell se declarou para o esposo e relembrou os momentos – bons e ruínas – que compartilharam nos últimos 20 anos. “Eu te amo. Eu vou dizer para o Brasil inteiro o nosso segredo: Eu te amo”, concluído o ator.
Emocionado com a mensagem, Rodrigo falou sobre a importância dessa declaração de amor público e a luta contra o preconceito. “Esse é o amor da minha vida. Eu estou muito feliz. Hoje, 17 de maio, é o Dia Internacional Contra a LGBTfobia. Em 1990, foi quando a OMS decidiu que a homossexualidade não era doença. Eu tinha 18 anos, eu achava que era doente, eu me escondi, tinha medo”, disse.
“Aí no Patrick, do ‘Olha a faca’, eu me libertava de um jeito… Por isso deve ter feito tanto sucesso, era muito a minha essência”, acrescentou o comediante, que está em cartaz com a peça “Gargalhada selvagem”.
Você é luz, Rodrigo! ❤️ #Encontro pic.twitter.com/6W3U90yiUf
— TV Globo 📺 (@tvglobo) 17 de maio de 2023
Rodrigo ainda falou sobre as dificuldades em se declarar homossexual na década de 1990: “Eu tinha medo de falar quem eu sou. Muita gente passa por isso. Acho essa geração incrível porque eles lidam de uma maneira tão… Fácil nunca é. Mesmo assim, o Brasil é o país que mais mata as transsexuais, que são, vamos dizer, ‘paredão de frente’, são as que sentiram mais. Os gays também. Então assim, vamos parar com isso, gente. A vida é curta. Vamos respeitar”.
O ator contornou que ele e o marido assumiram o romance para o público recentemente e lamentaram o retrocesso no combate à LGBTfobia durante o governo de Jair Bolsonaro. Para Rodrigo, o uso das redes sociais é importante para gerar visibilidade à causa.
“A gente decidiu falar da gente há pouco tempo, acho que de 2017 pra cá […]. Não quero nem polemizar nada, mas devido a este último governo que insiste em falar mal dos homossexuais como se fosse doença, como se fosse uma coisa horrível, sendo que não é. Eu uso minhas redes sociais para falar. Então, agora mais do que nunca eu falo”concluiu o ator.
Perda da mãe
Na conversa, Rodrigo também lamentou a perda da mãe, durante a pandemia de Covid-19. “Eu perdi minha mãe na pandemia. Perdi ela em seis dias. Foi, assim, uma tragédia como muita gente passou. Eu perdi a minha mãe que era o tesouro da minha vida”, contorno, emocionado.
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