Mulher ouve ofensas racistas em posto de gasolina em Salvador, e filma ataques de suspeita; assistência

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Uma mulher denunciou ter sido vítima de racismo neste domingo (7), enquanto estava em uma loja de conveniência de Salvador, capital da Bahia. A extensionista de intoxicados Andresa Fonseca estava sentada em uma mesa quando a suspeita, que não foi identificada, foi enviada no mesmo local. A mulher disse que Andressa deveria se retirar porque ela “odeia preta”. O caso foi filmado pela vítima e divulgado nas redes sociais.

Nas imagens, a suspeita afirma que é “caucasiana” – pessoa branca de origem europeia – depois de falar que a vítima é “negrita”. “Você está incomodada, meu amor? Se você estiver, você levante, porque eu estava aqui primeiro que você”afirmou a vítima. “Eu não gosto de pessoas tipo você na minha mesa”declarou a mulher. “Quem tem que se levantar e sair daqui é você, porque eu não gosto de gente escura que nem você”acrescentou.

Andressa, então, afirmou que não adiantaria chamar a polícia por uma mulher ser “maluca”. Ela rebateu a vítima mandando acionar os agentes. “Chame que é isso que eu quero”disse a suspeita. “Eu odeio preto, não suporto”, voltou a declarar a mulher logo em seguida. “Deixe ela, essa maluca. Ela é doida, doida de pedra”concluiu Fonseca.

Ao g1, a extensionista de sentiu que ligou para a Polícia Militar (PM) através do 190, mas foi forte que o envio de uma viatura não seria possível. Ela foi instruída a registrar um boletim de ocorrência (BO) em uma delegacia, o que aconteceu neste domingo (7). Ao ser procurada pela imprensa, a PM declarou em nota que não foi acionada para ocorrência.

A vítima falou que filmou o momento para servir como prova, já que ela estava sozinha. “A sensação foi de agressão e de rememorar tudo que nós pretos sofremos no dia a dia”, desabafou ela. Além de Andressa e da suspeita, a única pessoa que estava no local era uma criança que vendia balas.

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De acordo com o jornal Correio, Andressa voltou à mesma loja de motivação com o seu advogado, Tiago Melo, para gravar entrevistas para emissoras de TV. Chegando lá, eles encontraram uma mulher, que voltou a fazer ataques. “Hoje fomos no mesmo local e ela estava lá. O pessoal de uma emissora falou com ela e ela proferiu mais ofensas racistas, foi impressionante”relacionado ao advogado.

A Polícia Civil informou que contará com o auxílio da Coordenação Especializada de Repressão aos Crimes de Intolerância e Descriminação (COERCID) para identificar a suspeita. O caso está sendo tratado como injúria racial e investigado pela Delegacia de Pau da Lima. Até o momento, ninguém foi preso.

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Fonte CNN

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