A operação cumpriu 12 mandados de prisão e nove de busca e apreensão em Campinas, Sumaré e Hortolândia. Grupo é responsável por pelo menos 20 crimes desde dezembro. A PF cumpre mandados de prisão contra roubos de caminhões em Campinas e região Um esquema de roubo e furtos de caminhões na região de Campinas (SP), desmantelado na manhã desta quarta-feira (3) em uma operação da Polícia Federal, Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e Polícia Militar, tinha como foco principal a venda dos veículos para desmonte de peças. A quadrilha é responsável por dezenas de crimes, com provas de pelo menos 20 deles. Entenda abaixo o método em detalhes. A informação do foco da associação criminosa é do chefe da PF em Campinas, Edson Geraldo de Souza, em coletiva nesta quarta. De acordo com o delegado, o grupo não tinha receptores específicos porque o objetivo era passar o caminhão inteiro para frente o mais rápido possível. Por isso, o veículo era oferecido em grupos de Whatsapp e vendido para quem pagasse o maior valor. “A especialidade era retirar o caminhão de circulação e repassar o veículo. Como o foco era só esse, eles furtavam caminhões todos os dias. A gente teve caso de um caminhão por dia, e em alguns momentos foram até seis caminhões por dia. A gente teve caso de um caminhão por dia, e em alguns momentos foram até seis caminhões por dia. gente teve que retardar um pouco a operação, hoje, porque eles estavam trabalhando, furtando um caminhão em Sumaré que foi recuperado”, pontuou. Ainda segundo a Polícia Federal, depois do roubo ou furto, os criminosos utilizaram uma técnica conhecida no crime de roubo de veículos como esfriamento. Como normalmente os caminhões têm rastreador, eles permaneceram a carreta em algum lugar, esperandom para ver se não ia aparecer ninguém para recuperar e só depois pegavam de novo. Imagem mostra atuação de quadrilha especializada em furto de caminhões em Campinas Reprodução/EPTV No entanto, as polícias Federal e Militar não fizeram a interceptação do caminhão de propósito, com o objetivo de identificar os integrantes da quadrilha. Além disso, os investigados também trocavam as placas das carretas, no meio da rua, e adulteravam o chassi, antes de venndê-las. Eles também tiveram preferência por um modelo específico, pela facilidade de venda. “Eles usavam roupas de assistência mecânica ou de órgãos de placas mesmo para disfarçar a troca dessas placas no meio da rua e só depois fazer a venda desses caminhões. A chance de um receptador comprar um caminhão sem saber que é roubado é zero”, o delegado. O próximo passo da investigação agora é, além de encontrar os responsáveis pela adulteração da placa, identificar outros integrantes do grupo criminoso e os receptores. “Não havia uma formação sólida. Eles levantavam quem estava disponível para trabalhar no dia e colocavam a pessoa para furtar caminhões. A principal dificuldade é delimitar quem são os participantes realmente”, explicou. A operação No total, foram cumpridos 21 mandados, sendo 12 de prisão temporária e nove de busca e apreensão, em Campinas, Hortolândia (SP) e Sumaré (SP). As ordens foram expedidas pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Hortolândia. A operação recebeu o nome de “Insídia”, que significa emboscada e faz referência ao modo de atuação da quadrilha, que agia armada e fazia referência. Polícia Federal, PM e Gaeco deflagram operação contra roubo e furtos de caminhões na região de Campinas Divulgação/Polícia Federal Pelo menos 100 policiais, entre federais e militares, participaram da operação. Segundo a PF, a investigação começou em dezembro do ano passado, a partir de informações processadas pelo serviço de inteligência do grupo especializado em roubo de caminhões e de cargas da Polícia Federal em Campinas. Os crimes nos quais o grupo tem participação são: Receptação 22.12.2022, em Extrema (MG); Roubo 15.1.2023, em Campinas; Furtos – todos em SP 26.1.2023, em Sumaré; 31.1.2023, em Hortolândia; 2.2.2023, em Sumaré; 2.6.2023, em Sumaré; 2.8.2023, em Nova Odessa; 16.2.2023, em Sumaré (tentativa); 18.2.2023, em Vinhedo (dois caminhões); 22.2.2023, em Campinas; 23.2.2023, em Sumaré; 24.2.2023, em Cosmópolis; 22.3.2023, em Sumaré; 2.4.2023, em Sumaré; 04.06.2023, em Hortolândia; 4.6.2023: em Sumaré; 4.10.2023, em Hortolândia; 4.11.2023, em Campinas; 13.4.2023, em Sumaré Estelionato 24.2.2023, em Ribeirão Preto Dos 12 mandados de prisão temporária, quatro deles foram cumpridos em presídios por conta dos investigados já terem sido presos em flagrante por receptação durante o interrogatório. O crime mais recente da quadrilha aconteceu na madrugada desta quarta-feira. Até a publicação, sete pessoas foram presas, além dos quatro alvos de mandados que já estavam detidos. Um homem ainda está foragido. O material apreendido e os presos foram encaminhados à Delegacia da Polícia Federal de Campinas e vão responder por associação criminosa, roubo, furto, receptação e estelionato, com penas que podem chegar a 30 anos de prisão. Caminhão roubado nesta quarta foi compreendido na operação Reprodução/EPTV PF, PM e Gaeco operação na região de Campinas contra roubo e furto de caminhões Wesley Justino/EPTV VÍDEOS: saiba tudo sobre Campinas e Região Veja mais notícias da região no g1 Campinas
Fonte G1