Em 2 anos, número de imigrantes atendidos pela assistência social cresce 28% em Campinas

Campinas e Região



Restrições devido à pandemia feitas total de atendimentos cair em 2021. Em 2022, a maioria dos imigrantes originários do Haiti, Venezuela, Cuba, Colômbia e Angola. Campinas registra aumento no número de imigrantes que buscam assistência da prefeitura Entre 2020 e 2022, o número de atendimentos a imigrantes realizados pelo serviço de assistência social de Campinas (SP) teve um aumento de 28%, passando de 1.913 para 2.458 pessoas assistidas. Segundo a prefeitura, o total de atendimentos somente nos três primeiros meses de 2023 soma 577. Os dados enviados pela administração municipal à EPTV, afiliada da TV Globo, mostram uma queda no número de pessoas assistidas em 2021, principalmente devido às restrições de viagem na pandemia. A crise sanitária refletiu também em 2022, quando o agravamento das crises sociais em diversos países levou ao aumento da imigração em Campinas. Ainda segundo a administração municipal, a maioria dos imigrantes atendidos pelos serviços de assistência social em 2022 eram originários do Haiti, Venezuela, Cuba, Colômbia e Angola. O Centro de Referência da Prefeitura para Auxiliar dos Imigrantes funciona na Avenida Francisco Glicério, 1.269. Lá é possível receber orientações sobre como acertar a documentação no Brasil e ter acesso a serviços, como educação para crianças e atendimento de saúde. “A empregabilidade já se torna o segundo maior desafio que eles têm. Muitos deles têm formação, até superior, mas [há] a questão da língua”, afirma o secretário de Assistência Social de Campinas, Sérgio Max de Almeida Prado. A confeiteira Darline Hilaire está no Brasil desde 2017 e, hoje, tem uma filha de 4 anos e trabalha como confeiteira. Fluente em francês e crioulo , ela conta que aprender português foi o maior desafio da vinda ao país. “Para trabalhar, tem que falar [português]. Para começar é difícil para aprender, o português é muito difícil também […] Aqui, para mim, é melhor, porque minha vida lá, para viver, não é fácil para nós”, afirma Darline. Ceprocamp (Centro de Profissionalização de Campinas) oferece cursos para imigrantes Reprodução/EPTV Crises sociais De acordo com a prefeitura, os problemas sociais e as guerras são os principais motivos da fuga da maior parte dos imigrantes que chegam a Campinas. “Um jovem, ou um adulto que já formou a sua família lá no país, e se sente obrigado a deixar o país, eu falo para você, a pessoa não faz isso sorrindo, contente. A pessoa já vem com uma ferida, uma ferida de deixar o seu país e deixar tudo para encontrar novas oportunidades”, explica o padre Josner Jeudy. A ajuda da prefeitura é importante, mas não é o único apoio que os estrangeiros recebem. Josner também é imigrante, mas vive uma situação diferente. O padre veio ao Brasil com o apoio da igreja, e trabalha dando suporte a outras pessoas com dificuldades. “Para alguém que chega, não conhece nada, não conhece a cultura, não conhece a língua, qualquer coisinha que você consegue fazer para aquela pessoa é uma coisa muito grande. Quando você ajuda, às vezes você não está ajudando só aquela pessoa, você está ajudando toda uma família, todo um grupo de pessoas que a pessoa deixou lá”, destaca. Padre Josner Jeudy atua no acolhimento de imigrantes em Campinas (SP) Reprodução/ EPTV VÍDEOS: Tudo sobre Campinas e região Veja mais notícias da região no g1 Campinas

Fonte G1

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