Sem detalhar, Tarcísio diz que a polícia em SP terá departamento para combater feminicídios

Campinas e Região



Governador de SP não deu prazo para que todos os DDMs do estado passem a funcionar 24h, mas garantiu o compromisso de abrir delegacias e melhorias. Declaração foi feita em visita a Campinas. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, durante visita a Campinas João Alvarenga/g1 O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou nesta terça-feira (11) que a Polícia Civil deve ter um departamento para combater feminicídios e dedicado ‘à questão da mulher’. A declaração foi feita durante visita a Campinas (SP), pela manhã, após ele ser questionado sobre o decreto federal que obriga o funcionamento 24 horas das delegacias de defesa das mulheres (DDM), inclusive finais de semana e feriados. O texto foi sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) há uma semana e, por enquanto, apenas 11 das 140 DDMs em São Paulo funcionam assim. Tarcísio não apresentou detalhes sobre o projeto, mas sinalizou que melhorias na segurança pública, incluindo abertura de novos DDMs e concursos para contratações. “A ideia é abrir mais delegacias da mulher que funcionem 24 horas, é ter uma diretoria da Polícia Civil, um departamento da Polícia Civil dedicado à questão da mulher pra gente combater o feminicídio”, falou o governador. O g1 Campinas questionou a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) sobre detalhes do projeto do departamento contra feminicídios e aguarda resposta. ‘Cultura de delegacia virtual’ Ainda sobre a questão das DDMs 24 horas, Tarcísio também defendeu o que chamou de “cultura de procura por delegacia virtual” para ampliar atendimentos, e manteru o compromisso de campanha em melhorar os períodos de espera e de cuidar para prevenir violência contra a mulher. Na região de Campinas apenas uma das 11 delegacias especializadas atende às vítimas de forma ininterrupta. “Então nós vamos trabalhar com uma parte estratégica que vai compreender a criação do departamento da Polícia Civil, a criação de delegacias físicas e também a questão da estratégia da delegacia virtual, de maneira que todo mundo entenda e ganhe confiança no atendimento virtual que aí a gente ganha capilaridade, ganha mais prazo, consegue atender muita gente”, explicou Tarcísio. A lei sobre o funcionamento ininterrupto das delegacias da mulher foi proposta em 2020 pelo senador Rodrigo Cunha (União-AL) e aprovada pelo Senado no início de março. O estado de São Paulo foi o primeiro do país a contar com uma delegacia especializada no atendimento de mulheres vítimas de violência física, moral e sexual, em 1985. Em 2018, a Assembleia Legislativa (Alesp) criou um projeto de lei que obrigava todas as DDMs a funcionarem 24 horas, inclusive aos finais de semana e feriados, mas ele foi vetado por João Doria, governador à época. ‘Lei não é clara’ Na semana passada, a SSP-SP informou ao g1 que o decreto federal “não é clara ao estabelecer as formas de atendimento ao público” e pediu um prazo para que os estados pudessem se adequar às delegacias. “No caso de São Paulo, seria necessária a contratação de 2.800 novos policiais, sendo 700 delegados, 700 escrivãs e 1.400 investigadoras”, diz trecho. VÍDEOS: tudo sobre Campinas e região Veja mais notícias da região no g1 Campinas.

Fonte G1

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