Veja o perfil dos óbitos por faixa etária, sexo e região na cidade desde o início da pandemia até 29 de março. A saúde reforça a necessidade de imunização por grupos prioritários; veja situação. Sepultamento de vítima da Covid-19 em Campinas em março de 2021 Osvaldo Furiatto/Arquivo Pessoal A primeira das 5.451 mortes por Covid-19 confirmadas por Campinas (SP) completa três anos, nesta quinta-feira (30), em meio ao contexto de alertar a Secretaria de Saúde sobre a importância da vacina Pfizer bivalente para os públicos já elegíveis diante da cobertura de avaliação como “aquém do esperado” no primeiro mês de aplicação das doses pelos centros de saúde. O objetivo é garantir proteção contra as cepas originais do novo coronavírus, uma variante ômicron e subvariantes desta versão do vírus. Os dados considerados na reportagem foram atualizados até 12h15 de quarta-feira pela prefeitura. O primeiro óbito divulgado na pandemia foi de um homem de 86 anos, em um hospital particular de São Paulo. Depois, em 4 de abril daquele ano, a administração comunicou que o primeiro óbito de residente em Campinas foi, na verdade, de uma mulher de 71 anos, em 28 de março, em hospital público. Período mais letal Desde o início da pandemia, a metrópole totaliza 283.047 visitantes. Ao longo da crise sanitária, o período mais letal foi de março a julho de 2021, quando o contexto foi marcado não somente pela presença da variante P1 do vírus, caracterizada por alta transmissibilidade, mas ainda de falta de cuidados com aglomerações, uso de máscara ou distanciamento, e ritmo lento da vacinação à época. A redução só ocorreu a partir do avanço da imunização, sobretudo com o esquema completo. Confira abaixo como está a aplicação da vacina bivalente e orientação da Saúde A vítima mais jovem foi uma criança de 11 meses, enquanto a pessoa mais velha tinha 111 anos. A administração deixou de publicar informações sobre as vítimas da Covid-19 a partir da última semana de maio de 2022, quando os boletins sobre a doença e ocuparam os leitos nos hospitais de ser diários. À época, a prefeitura alegou que fez esta alteração porque o cenário epidemiológico da doença deixou de ser uma Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional. Perfil das vítimas Como está a vacinação? A coordenadora do Programa de Imunização de Campinas, Chaúla Vizelli, voltou a ressaltar a importância da aplicação da vacina Pfizer bivalente para os públicos já elegíveis para receber a dose. Segundo ela, o resultado da campanha é avaliado neste momento como “aquém do esperado”. A campanha na cidade começou em 27 de fevereiro e, desde então, foram aplicadas 57.221 doses. Deste total, 52.466 foram direcionados para pessoas com mais de 60 anos, informados a administração. Já as outras 4.755 foram direcionadas aos demais públicos prioritários elegíveis: imunossuprimidos a partir de 12 anos, residentes e trabalhadores de instituições de longa permanência, indígenas, ribeirinhas e quilombolas, gestantes e puérperas. A Secretaria de Saúde diz que o sistema de registro não indica neste momento qual o número de imunizantes aplicados em todos os grupos, exceto idosos, mas destacou que o número é baixo ao lembrar que 50 mil profissionais da área de saúde e 12 mil gestantes e puérperas podem se vacinar. “Esse número significa que 36% dos idosos já receberam a vacina. Ainda é um número aquém porque a gente vem acompanhando maior adesão e a gente quer que chegue a 90%. E menos de 5 mil foram para os demais públicos. Só trabalhador da saúde e gestantes seriam 62 mil. Precisamos fortalecer a busca pela vacina, há doses em todas as unidades e temos estoque”, explicou Chaúla. Enfermeira carrega seringa com vacina de reforço bivalente da Pfizer Rogelio V. Solis/AP Photo A previsão da prefeitura é de que na próxima semana seja iniciada a vacinação de mais quatro grupos: Pessoas com deficiência permanente (a partir de 12 anos) População privada de liberdade (a partir de 18 anos) Adolescentes cumprindo medidas socioeducativas (menores de 18 anos) Funcionários do sistema de privação de liberdade A prefeitura ainda não tem estimativa sobre o número de doses necessárias para eles. “Os grupos são prioritários por conta da exposição ao vírus ou condições de risco, por isso, precisam ser imunizados imediatamente. A campanha contra Influenza [vírus da gripe] está próximo e, como a procura está baixa e não há contraindicação para aplicar as vacinas juntas, talvez a pessoa consiga garantir a imunização contra a Covid junto, uma vez que os grupos prioritários são quase os mesmos”, avaliou Chaúla. Segundo ela, um informe o Ministério da Saúde indica 10 de abril como data de início. Ao g1, Chaúla lembrou que a vacina é segura e considerada a melhor forma de proteção. “Desde a expansão da vacinação a gente viu decréscimo de casos graves e mortes. O vírus continua circulando e a gente precisa garantir a imunidade das pessoas. É muito importante que todos façam adesão para a gente conseguir manter o controle”, falou a coordenadora do Programa de Imunização. Quem pode receber uma dose e onde? A vacina está disponível em todos os centros de saúde (CSs). De acordo com a administração, podem procurar os postos quem tomou ao menos duas doses do esquema vacinal, sendo a última há pelo menos quatro meses. Os horários das salas de vacinação estão disponíveis no site oficial. Para se vacinar, é preciso apresentar documento com foto e número do CPF e carteira de vacinação, se fígado. No caso dos imunossuprimidos, também é necessário apresentar comprovante médico. E no caso dos profissionais da saúde, é necessário também um comprovante sobre a atuação profissional. A Secretaria de Saúde reforçou que, em relação aos que não se enquadram no público apto a receber a dose bivalente, a orientação é manter o calendário vacinal contra a doença atualizada com os imunizantes monovalentes, que também estão disponíveis em todos os centros de saúde. Em nenhum caso é preciso agendamento para receber o imunizante. VÍDEOS: tudo sobre Campinas e região Veja mais notícias da região no g1 Campinas.
Fonte G1