Ministério da Saúde deu início nesta segunda-feira (13) à campanha de imunização contra a doença antigamente chamada de ‘varíola dos macacos’. A Metrópole, no entanto, ainda não sabe se será um polo vacinador. Entenda para quem a vacina será direcionada. Profissional prepara dose da vacina contra a mpox Phil Nijhuis/ANP/AFP A Secretaria de Saúde de Campinas (SP) disse que aguarda informações sobre a vacinação contra a mpox, doença antigamente chamada de “varíola dos macacos”. A campanha de imunização foi iniciada pelo Ministério da Saúde nesta segunda-feira (13), mas a metrópole informou que ainda não recebeu qualquer tipo de orientação, nem mesmo se será um polo vacinador. “Até o momento, Campinas não tem informação sobre vacina e aguarda orientações oficiais sobre o público-alvo para vacinação. O município também não recebeu doses”, disse a pasta. Ao g1, a Secretaria Estadual de Saúde disse que o estado deve receber, ainda nesta segunda-feira, cerca de 3,8 mil doses do imunizante, mas não detalhou como elas serão distribuídas aos municípios. “Desta forma, o Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) planeja a melhor estratégia e logística para imunização da população elegível”, informou, em nota. Desde junho de 2022, foram confirmados 97 casos de mpox em Campinas, sendo que 96 deles já saíram do isolamento. Já em 2023, foi registrado um caso até o momento. Não houve mortes em ambos os anos. Quem já foi acometido pela doença não deverá receber a dose, segundo o Ministério da Saúde. Veja abaixo detalhes. Quem está apto a receber uma dose? O Brasil tem cerca de 47 mil doses disponíveis no Programa Nacional de Imunizações (PNI) para uso na população com idade igual ou superior a 18 anos. O esquema de vacinação tem indicação de duas doses para cada pessoa. De acordo com o Ministério da Saúde, esta primeira fase da campanha a imunização focará em grupos de risco para as formas graves da doença, como pessoas que vivem com HIV/aids e profissionais de laboratórios que atuam em locais de exposição ao vírus. Ainda segundo a pasta, neste primeiro momento, essa população-alvo seguirá as seguintes recomendações: No caso da vacinação pré-exposição ao vírus, as doses confirmadas: Pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA) com status imunológico identificado pela contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células nos últimos meses seis [condição que deixa o sistema imune menos capaz de combater determinadas infecções]. De acordo com o Ministério da Saúde, este público representa atualmente cerca de 16 mil pessoas em todo o país; E profissionais de laboratório que trabalham diretamente com Orthopoxvírus [a família do vírus da monkeypox] em laboratórios com nível de biossegurança 3 (NB-3), de 18 a 49 anos de idade. Já no caso da vacinação pós-exposição ao vírus, experimentei as doses: Pessoas que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas suspeitas, prováveis ou confirmadas para mpox, cuja exposição seja classificada como de alto ou médio risco, conforme recomendações da OMS . Quem já foi diagnosticado com a mpox ou apresentou uma suspeita de lesão no momento da vacinação não deve receber uma dose. Para a vacinação pré-exposição, é recomendado um intervalo de 30 dias com qualquer vacina previamente tratada. Em situação de pós-exposição, cujo principal objetivo é o bloqueio da transmissão, a recomendação é que a aplicação seja realizada independentemente da administração prévia de qualquer imunobiológico. Doença em declínio Desde setembro do ano passado, o número de casos de mpox no país está em declínio considerável. A curva epidêmica dos casos confirmados e prováveis teve sua maior frequência registrada no período de 17 de julho a 20 de agosto. Vírus da monkeypox visto usando microscopia NIAID via AP, File VÍDEOS: Tudo sobre Campinas e região Veja mais notícias da região no g1 Campinas
Fonte G1