CNN
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Kyrie Irving, a estrela do Brooklyn Nets que foi suspenso por pelo menos cinco jogos pelo time por comentários feitos após compartilhar um link para um filme anti-semita nas redes sociais, emitiu outro pedido de desculpas quando seu possível retorno da suspensão se aproxima.
Ao falar com Ian Begley do SNY em uma entrevista no sábado, Irving disse que quer “focar na dor que causei ou no impacto que causei na comunidade judaica. Colocar algum tipo de ameaça, ou suposta ameaça, na comunidade judaica”, disse Irving ao SNY.
“Eu só quero me desculpar profundamente por todas as minhas ações ao longo do tempo desde que o post foi publicado pela primeira vez. Tive muito tempo para pensar. Mas meu foco, inicialmente, se eu pudesse fazer tudo de novo, seria curar e reparar muitos dos meus relacionamentos íntimos com meus parentes, irmãos e irmãs judeus”.
O Nets suspendeu Irving no início deste mês, dizendo na época que “ele não está apto para ser associado ao Brooklyn Nets”. O jogador de 30 anos perdeu os últimos oito jogos do time.
A postagem de Irving no Twitter de um link para um documentário contendo mensagens anti-semitas – seguido por uma recusa inicial em emitir um pedido de desculpas – resultou em sua suspensão em 3 de novembro, disseram os Nets. Irving postou um pedido de desculpas no Instagram horas depois.
De acordo com Adrian Wojnarowski, da ESPN, citando fontes, Irving pode voltar já no domingo, quando o Brooklyn joga em casa contra o Memphis Grizzlies. Os Nets atualmente listam Irving como questionável para jogar.
Irving reiterou que não é “antijudaico” e pediu desculpas à comunidade judaica.
“Não tenho ódio em meu coração pelo povo judeu ou qualquer um que se identifique como judeu. Não sou antijudaico nem nada disso”, disse Irving ao SNY. “E tem sido difícil ficar em casa com minha família, com eles vendo tudo isso e fazendo perguntas. Sabe, a parte mais difícil é me explicar, porque sei quem sou e sei o que represento.
Nas últimas semanas, após muitas conversas, o comissário da NBA, Adam Silver, o proprietário do Nets, Joe Tsai, e a Liga Anti-Difamação, Jonathan Greenblatt, vieram em defesa de Irving.
Tsai, que rapidamente condenou as ações de Irving no início da controvérsia, disse que se encontrou com Irving e sua família na semana passada e não acredita que ele seja anti-semita.
“Passamos um tempo de qualidade para nos entendermos e está claro para mim que Kyrie não tem nenhuma crença de ódio contra o povo judeu ou qualquer grupo”, disse Tsai na mídia social. “Os Nets e Kyrie, juntamente com a NBA e a NBPA, estão trabalhando de forma construtiva em direção a um processo de perdão, cura e educação.”
Após uma reunião com Irving na semana passada, o comissário da NBA, Adam Silver, também disse acreditar que Irving não é anti-semita.
Irving descreveu as conversas como uma “jornada de aprendizado”.
“Era muita dor que precisava ser curada, muitas conversas que precisavam ser feitas. E muita reflexão. Tive a chance de fazer isso com pessoas da comunidade judaica, pessoas da comunidade negra, da comunidade branca”, disse Irving.
Irving foi questionado por que ele não se desculpou originalmente nas primeiras entrevistas coletivas, às quais ele respondeu que reagiu emocionalmente ao ser chamado de “anti-semita”.
“Eu senti como se estivesse protegendo meu personagem e reagi apenas por pura defesa e apenas magoado por poder ser rotulado, ou pensei que estava sendo rotulado como anti-semita ou antijudaico, e senti que isso era apenas tão desrespeitoso me perguntar se eu era anti-semita ou não”, disse Irving.
“Agora, para o mundo exterior, isso pode ter sido visto como um simples ‘sim’ ou ‘não’. O que com razão deveria ter sido: ‘Não, não sou anti-semita. Não, não sou antijudaico. Sou uma pessoa que acredita que todos devemos ter oportunidades iguais e que todos devemos dar amor uns aos outros, e isso deve estar em primeiro lugar”, continuou ele.
Irving concluiu: “Eu apenas me preocupo com as pessoas. Quando magoo alguém, quero assumir minha responsabilidade e responsabilidade e dizer que ‘farei melhor’. “
