Pesquisa foi divulgada pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo nesta terça-feira (28). Possível aumento dos impostos sobre combustíveis é visto com preocupação. Reforma tributária está em tramitação no Congresso Nacional TV Globo Grande parte das ecológicas da região de Campinas (SP) acredita que a reforma tributária, elencada como uma das prioridades do novo governo federal, seja o principal desafio a ser superado pelo Brasil em 2023. A informação é de uma pesquisa divulgada pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) nesta terça-feira (28). O principal objetivo da reforma é simplificar e facilitar a cobrança dos impostos. Essa medida, que está em tramitação no Congresso Nacional, é considerada fundamental para destravar a economia e sustentar o crescimento do país e a geração de empregos. Segundo a sondagem industria realizada neste mês, 69% das indústrias ouvidas consideraram que aa reforma tributária precisa ser o grande objetivo do país no ano. Outros 31% se dividiram entre realizar uma reforma administrativa, iniciar a reindustrialização do Brasil e “não temos avaliação”. 69% – Realizar a Reforma Tributária 8% – Realizar a Reforma Administrativa 0% – Aumentar as exportações brasileiras 8% – Iniciar a reindustrialização do Brasil 0% – Não tem nenhum desafio 15% – Não temos avaliação “O sistema tributário brasileiro é muito caro A gente sabe que não haverá diminuição de alíquotas na reforma, porém haverá diminuição na cadeia, vai diminuir os custos. […] A gente tem esperança que isso [reforma tributária] pode acontecer, acredito que tem que acontecer porque o Brasil precisa disso para evitar dissabores nas empresas e nos empregos”, explicou o diretor do Ciesp-Campinas, José Henrique Toledo Corrêa. Ao Jornal da Globo nesta segunda-feira (27), Bernard Appy , secretário extraordinário do Ministério da Fazenda para a reforma tributária, destacou que o “efeito principal da reforma tributária é aumentar o potencial de crescimento do país”. Apesar de urgente, a reforma é considerada complexa do ponto de vista político. Diferentes governos tentaram, sem sucesso, fazer a reforma tributária nas décadas, focados principalmente na orientação sobre o consumo. Fazenda anunciou o aumento dos tributos para arrecadar R$ 28,8 bilhões neste ano. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve se reunir ainda nesta terça com ministros do governo e presidente da Petrobras para debater a reoneração dos combustíveis. José Henrique enfatizou que, caso o aumento se confirme, consequentemente, outros setores também sofrerão reajustes. “O aumento dos combustíveis é uma cadeia sem fim, é cumulativo. Tem o aumento técnico e substanciado, que é feito com critérios, e tem o aumento daquilo que não vai seguir o compensado, mas simplesmente porque está aumentando o preço. Então você tem aumento em restaurantes, transportes e serviços por causa desse aumento da gasolina”, opina. José Henrique, Ciesp-Campinas Reprodução Comércio exterior Em relação à balança comercial, o saldo de janeiro deste ano das telas da região ficou com um volume negativo de US$ 659 milhões, o que representa uma melhora de 7,4% em comparação com o mesmo período do ano passado. LEIA TAMBÉM Guerra na Ucrânia, 1 ano: saiba o que a RMC importa e exporta para os países envolvidos no conflito e impacto na economia regional Nas exportações, houve um saldo positivo de US$ 317 milhões, o que equivale a uma alta de 37, 5% em relação ao mesmo período de 2022. Já as emoções tiveram volume de US$ 976,3 milhões, com aumento percentual de 3,6%. Países com mais exportações da região de Campinas (janeiro/23) Estados Unidos – US$ 81.532.204 (26%) Argentina – US$ 39.397.292 (12%) Países Baixos (Holanda) – US$ 19.048.857 (6% ) Países com mais bandeira da região de Campinas (janeiro/23) China – US$ 291.773.695 (30%) Estados Unidos – US$ 119.881.337 (12%) Alemanha – US$ 82.588.493 (8%) Ciesp Campinas As empresas associadas ao Ciesp Campinas movimentam em média R$ 41,5 bilhões por ano. Do total de 494 empresas, 84 são multinacionais. Elas estão distribuídas pelos municípios de Amparo (SP), Artur Nogueira (SP), Campinas (SP), Conchal (SP), Estiva Gerbi (SP), Holambra (SP), Hortolândia (SP), Itapira (SP), Jaguariúna ( SP), Mogi Guaçu (SP), Mogi Mirim (SP), Paulínia (SP), Pedreira (SP), Santo Antonio de Posse (SP), Serra Negra (SP), Sumaré (SP) e Valinhos (SP). Os setores de atuação delas são os de alimentos, bebidas, diversos (itens específicos), elétrico, eletrônico, comunicação, madeira, mecânico, metalúrgico, papel e papelão, escoamento de serviços, produtos de materiais plásticos, produtos minerais não metálicos, químicos, têxtil, além de transportes e autopeças, entre outros. VÍDEOS: Tudo sobre Campinas e região Veja mais notícias da região no g1 Campinas
Fonte G1