Os pais de Julia Faustyna, jovem que afirma ser Madeleine McCann, estariam se recusando a fazer o exame de DNA para descobrir se ela é realmente a filha deles. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (22), ao The Sun, por Fia Johansson, vidente e detetive particular que representa a menina de 21 anos.
Conhecido nos Estados Unidos como “Médium Persa”, Johansson alegou estar envolvido na investigação oficial de Madeleine McCann desde 2019, quando teve uma “previsão” psíquica de que a criança ainda estava viva. “Fiz uma previsão em 2019 de que Madeleine estava viva e amava a música e acabaria encontrando sua identidade sozinha. Então, de repente, pensei que este caso apresentava muitas correlações… Julia é uma musicista talentosa que toca piano. Além disso, a cidade em que ela mora fica muito perto da Alemanha”disse um detetive.
Ela afirmou que conheceu Julia por conta dos virais no Instagram e, desde então, segue tentando descobrir o que está por trás da situação, sem trazer “sofrimento necessário à família McCann”. “Meu sentimento é que precisamos forçar a mãe ou um membro da família de Julia a fazer o teste de DNA, em vez de perturbar a paz de Kate e Gerry (pais da menina desaparecida), o que não é necessário. Mas eles estão se recusando”revelou Fia.
De acordo com Johansson, a mãe de Faustyna justificou que um teste não é necessário, já que ela possui a certidão de nascimento da jovem. “Tenho conversado pessoalmente com a mãe de Julia e disse a ela que a deixaremos segura e protegida da maneira que ela precisar, mas ela ainda se recusa a fazer o teste. Ela afirma que tem a certidão de nascimento de Julia, mas nossa preocupação é que esse documento pode ser facilmente falsificado”declarado.
“Se um membro atual da família fez um teste de DNA, podemos resolver isso”pontuou a detetive, ressaltando que segue tentando persuadir os pais de Julia, ao passo que eles parecem irredutíveis. “Queremos ser muito respeitosos com a família McCann e respeitar a privacidade deles e de seus filhos”concluído.
Anteriormente, Julia divulgou nas redes que Kate e Gerry McCann, pais da menina desaparecida, haviam aceitado fazer o teste de DNA. Uma fonte próxima aos pais de Madeleine também confirmou uma informação ao portal britânico Daily Star. A testemunha relatou que os familiares estão “dispostos a olhar todas as pistas”.
“A família não quer descartar nada, estão dispostos a olhar todas as pistas. É importante para eles olhar todos os fatores, e a menina é sim próxima. Não há como contestar isso. Se o que ela diz é verdade, há todas as chances de ser ela”declarado.
Na semana passada, a mãe de Faustyna afirmou que a filha precisa de “ajuda psiquiátrica” e que ela esta “armando um circo”. “Você está doente, Júlia. É só isso que vou dizer”, escreveu em uma conversa com a jovem divulgada no Instagram. “Eu vou vender a casa e nenhum de nós vai nem atender o telefone se você ligar, por tudo o que você fez e a vergonha que você me fez passar”, contínuo. Ela ainda disse que existem fotos e fitas cassete que comprovam que a jovem não é Madeleine. “Agora eu sou maluca”, rebateu a menina.
Entenda o caso
No dia 14 de fevereiro, Julia Faustyna abriu uma conta no Instagram chamada @iammadeleinemccan e se apresentou como a criança desaparecida em 2007, na Praia da Luz, em Portugal. No perfil, ela causou montagens e “evidências” que a fizeram considerar a possibilidade.
Em algumas das postagens, Faustyna afirmou características físicas que verificariam sua semelhança com a menina, como pintas pelo corpo, uma marca no olho, verrugas na mesma região e covinhas na consideração. “Eu tenho um defeito no olho, no mesmo olho, o tipo de defeito que Madeleine tinha. Exceto que, no meu caso, está cada vez mais desbotado”pontudo.
Julia também declarou ter sido vítima de um pedófilo alemão. O criminoso ainda moraria com a avó materna do jovem. “É o segundo marido dela“, relatou, afirmando que o tema é evitado na família. De acordo com o jovem, o abusador teria um nome parecido com um dos homens envolvidos no desaparecimento de Madeleine.
A adolescente reclamou ainda que investigadores da polícia do Reino Unido e da Polônia, onde vive atualmente, conseguiram ignorar seus pedidos sobre testes de DNA. “Preciso fazer a polícia reagir! Quero saber a verdade e não digo que sou a Madeleine 100%… Só o teste de DNA pode dizer”expressou em uma das publicações.
Apesar do relato viral, os investigadores não acreditam que a vítima possa estar viva. Segundo o Ministério Público de Braunschweig, em comunicado à imprensa, as autoridades suspeitam que Christian Brueckner matou Madeleine após sequestrá-la do apartamento onde ela passou férias com a família. No ano passado, ele foi declarado oficialmente suspeito no caso.
@shellmc22 Pensamentos? Esta é Madeleine McCann? Por que ninguém está ajudando ela? Por que isso não é notícia? A polícia aparentemente não vai ouvir!? Ela está pedindo para que seja compartilhado! #madeleinemccan #encontremaddie #encontrarmadeleine #iammadeleinemccann #instagramlive #maddymccan #maddiemccann #katemccann #gerrymccan #compartilhar #ajuda #casosdepessoadesaparecida #madeleinemccancase #éissomaddie? ♬ som original – Shell Mc 🦋
Madeleine McCann
A pequena Madeleine McCann desapareceu aos três anos de idade, enquanto passava as férias com a família na Praia da Luz, em Portugal. Ela completaria quatro anos em 10 dias. A menina estava com os irmãos gêmeos Sean e Amelie, então com dois anos, no quarto de hotel. Seus pais, Kate e Gerry McCann, tinham saído para jantar com amigos em um restaurante próximo, dentro do complexo turístico, deixando as crianças desacompanhadas. Assim que eles conversaram, descobriram que Madeleine tinha sumido.
Seu “sumiço” ganhou comoção mundial, com campanhas incansáveis de Kate e Gerry na tentativa de encontrar uma filha. Até hoje, as circunstâncias do desaparecimento seguem vagas.
Em meados de abril, um homem chamado Christian Brueckner foi acusado na Alemanha a pedido da Justiça portuguesa, pelo desaparecimento de Madeleine. As autoridades alemãs declaram, desde 2020, que têm provas do homicídio de Madeleine, e apontam ele como principal suspeito. Na época do sumiço de McCann, Christian – atualmente cumprindo pena de prisão pelo estupro de uma mulher americana de 72 anos – morava há poucas milhas do hotel em que a menina desapareceu, segundo a polícia alemã.
Siga a Hugo Gloss no Google Notícias e acompanhe nossos destaques