Seis em cada dez brasileiros acreditam que a Seleção Brasileira é a favorita para ganhar a Copa do Mundo, que começa neste domingo (20/11), no Catar. O torcedor, contudo, não se ilude: 52% afirmam que, se a vitória vier, ela será explorada politicamente (veja o quadro abaixo).
É isso o que mostra uma pesquisa de opinião pública, feita pelo Instituto Travessia, de São Paulo, com habitual para o Metrópoles. O trabalho, de abrangência nacional, foi realizado com uma amostra de mil pessoas, com idades a partir de 16 anos, por meio de entrevistas por telefone entre os dias 9 e 10 de novembro.
A interseção entre futebol e política não é nova, nem exclusiva do Brasil. Mas o levantamento do Travessia captou emocionantementos inéditos desse elo, em geral, ruidoso. De acordo com a pesquisa, por exemplo, 26% dos brasileiros afirmam que “pegaram ranço” da camiseta “amarelinha” da Seleção Brasileira – o “traje oficial” nas manifestações bolsonaristas.
Além do mais, 14% apontam que uma recente disputa nas urnas mudou em definitivo a relação que mantinham com a equipe nacional. Desse grupo, 5% consideram que esse vínculo é melhorou. Para 9%, contudo, piorou. “A pesquisa não faz um raio X das conexões entre política e futebol”, ressalva Renato Dorgan Filho, sócio e analista do Travessia. “Mas forneceu indicações do quanto a polarização eleitoral entrou em campo, e ainda permanece ali, embalada pela disputa presidencial.”
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