Key Alves deu o que falar após revelar para Antônio Cara de Sapato, no “BBB 23”, que viu o assassinato do lutador Leandro Lo. Depois dos amigos do campeão mundial de jiu-jítsu pedirem para uma jogadora de vôlei depor, foi a vez do advogado Cláudio Dalledone Jr, que defendeu o policial Henrique Otavio Oliveira Velozo, assassino confesso do atleta, se pronuncia. Nesta quarta-feira (8), Cláudio afirmou que a irmã não estava presente no momento do crime. Ele ainda pediu para que a Key fosse colocada como testemunha do processo e intimada a depor.
“Quando surge uma [pessoa] se dizendo testemunhar criando esse frisson, é obrigação da defesa chamá-la ao processo. A assessoria dela já se antecipa dizendo que ela nada viu. Então são esses factoides aqui que têm que ser combatidos e isso que está a carga da defesa: chame essa pessoa que falsamente está afirmando em rede nacional que efetivamente viu tudo e que Leandro Lo nada teria feito”declarou ele em entrevista ao Splash UOL.
Na cena em questão, Key falou para Cara de Sapato que estava na mesma festa que Leandro e que viu como tudo aconteceu. O lutador foi baleado na cabeça após uma discussão durante um show do grupo Pixote, na Zona Sul de São Paulo, em agosto do ano passado. “Foi na minha frente, eu vi tudo”, afirmou ela. Inicialmente, Sapato ficou desconcertado com a fala de Alves. “Você viu?”, questionou ele. Após a irmã reafirmar, o atleta caiu no choro, mas logo foi consolado pela parceira de confinamento. Assista ao momento completo abaixo:
O momento que Key conta pro Sapato que viu qdo o Leandro Ló foi assassinado com um tiro na cabeça dentro de uma boate.
Leandro era um lutador, um dos melhores amigos do Sapato (tem um podcast no yt que ele fala sobre)Zero senso falar isso pro cara #BBB23 pic.twitter.com/JOlXMf65Lw
— PLUFT (@voleimomento) 4 de fevereiro de 2023
Cláudio ainda destacou as consequências de que Key pode sofrer, caso não tenha falado a verdade no reality show e repita a história em depoimento. “As pessoas não podem sair dizendo que viram aquilo que jamais presenciaram. E se porventura ela vier a faltar com a verdade, ela será processada por falso testemunho”explicou.
O advogado também ressaltou que o fato da fala da confinada ter sido dentro do programa agravar a situação, caso ela tenha mentido. “A respeito dela ela estar dentro de um programa, um programa dessa envergadura, traz uma preocupação à defesa porque isso poderá ou poderia ser utilizado lá na frente dizendo que a defesa se manteve silenciosa ou inerte até essa afirmação dela dizendo: ‘Eu vi tudo e ele não fez nada’”justificou.
Por meio de nota, a Polícia Civil esclareceu que o crime foi investigado e relatado à Justiça em setembro de 2022, quando o policial se tornou réu por homicídio triplamente qualificado, além da prisão preventiva. A possível reabertura do inquérito policial em caso de novo depoimento, como o de Key Alves, só pode ser feita por meio de investigação judicial.
Ao g1, o advogado da família de Leandro Lo declarou que o testemunho da irmã pode ajudar no processo. Já a assessoria de Key, ao contrário do que foi dito por Cláudio, confirmou que um atleta estava no local do crime com um amigo. No entanto, a afirmação de que ela estaria junto com o lutador foi negada.
“Ela saiu correndo. Não tem envolvimento com Leandro e nem policial. Ela não viu o policial atirando. Não viu o porquê da briga, se foi legítima defesa, se o policial sacou a arma, se o Leandro teve culpa. Ela acompanhou com o Sapato que viu como todo mundo”, relatado. A primeira audiência de instrução para ouvir testemunhas foi adiada para 24 de março deste ano, depois que a defesa do PM alegar que não poderia ter comparecido na data inicial, 3 de fevereiro, por causa de um compromisso judicial em Curitiba (PR).
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