Ex-presidente da Casa, principal alvo da investigação, deve ser ouvido dia 27. Sem conseguir ouvir Rafael Creato, comissão muda de estratégia e amplia em 90 dias prazo para finalizar trabalhos. O vereador de Campinas Zé Carlos Câmara de Campinas A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura um certo esquema de propina dentro da Câmara dos Vereadores de Campinas (SP) agendada para 27 de fevereiro o depoimento do vereador Zé Carlos (PSB), ex -presidente da Casa e principal alvo da investigação realizada pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP). O caso veio à tona em agosto do ano passado. Em reunião na tarde desta quarta-feira (8), a CPI também definiu que vai ampliar em 90 dias o prazo para finalizar os trabalhos, e estabeleceu nova estratégia para apurar o ex-subsecretário de Relações Institucionais do Legislativo Rafael Creato, por meio do uso de transcrições. Veja abaixo os detalhes. De acordo com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Zé Carlos e Creato pediram vantagens ilimitadas para renovar ou manter contratos com empresas terceirizadas da Câmara, o que configuraria jurisdição passiva. Os promotores afirmam que não houve pagamento. Depoimento do ex-presidente Zé Carlos oficializou o pedido de afastamento da presidência em 31 de outubro. Na reunião desta quarta-feira, a 12ª da CPI desde o início dos trabalhos, o presidente dela, vereador Paulo Gaspar (Novo), disse que a data programada considerou agenda de parlamentares e o carnaval deste mês. O g1 tenta contato com a defesa de Zé Carlos para confirmar se ele irá comparecer ao depoimento. À época em que o vereador se levou da presidência, o advogado Ralph Tórtima Stettinger Filho afirmou que o parlamentar iria se manifestar sobre os fatos somente no MP-SP quando fosse convocado. LEIA MAIS Tradução de depoimento Reta final da CPI sobre propina e discussão de 9 projetos: o que esperar da volta aos trabalhos na Câmara de Campinas Alvo do MP, ex-subsecretário da Câmara de Campinas falta um depoimento para CPI sobre propina Veja aqui o que já foi feito nas etapas anteriores da CPI sobre propina na Câmara A CPI mudou de estratégia e planeja avaliar a transcrição das declarações feitas por ele ao MP-SP. Os vereadores não podem exibir o vídeo de quase 40 minutos de depoimento ao Gaeco e, com isso, haverá pedido para que o presidente da Câmara, Luiz Rossini (PV), solicite a transcrição de trechos que foram liberados por promotores à área técnica do Legislativo . Creato obteve uma decisão judicial que garantiu a ele o direito de faltar ao depoimento na Casa, uma vez que o caso também é investigado na esfera criminal. As tentativas foram em 7 de dezembro de 2022 e há uma semana, quando os parlamentares voltaram do período de recesso. Na reunião anterior, os parlamentares chegaram a discutir a possibilidade de ingressar com recurso junto ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) contra o habeas corpus concedido ao Creato, mas esta possibilidade sequer voltou a ser mencionada durante a reunião desta quarta-feira. feira. A defesa do Creato informou à época em que o caso veio à tona que o Creato só falaria ao MP-SP. Rafael Creato, subsecretário de Relações Institucionais da Câmara de Vereadores de Campinas Reprodução/EPTV CPI prorrogada À espera de ouvir supervisionado dos principais investigados em relação ao certo esquema que teria cobrado propina para contratos terceirizados da Casa, a CPI optou por extensão em três meses o prazo para finalização das questões. A comissão foi oficializada em 5 de setembro. A próxima reunião da CPI está prevista para 15 de fevereiro, no entanto, esta data pode ser eventualmente cancelada se o trabalho de transcrição deixar de ser concluído a tempo. Além de Gaspar, ela reúne os vereadores Paolla Miguel (PT), Carmo Luiz (PSC), Paulo Bufalo (PSOL), Luiz Cirilo (PSDB), Higor Diego (Republicanos) e Major Jaime (PP). VÍDEOS: tudo sobre Campinas e região o Veja mais notícias da região no g1 Campinas.
Fonte G1