De conselheiro a oponente: a briga entre a Stone e as Americanas

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O embate judicial da vez é entre a americanas e Pedra. Nesta semana, um varejista pediu à Justiça o desbloqueio de R$ 45 milhões em recebíveis retidos pela empresa de maquininhas de cartões e pagamentos.

A Stone alegou que os recursos foram bloqueados até que a Justiça assegure que a Americanas está repassando os valores para as empresas que vendem em suas plataformas digitais (marketplace).

Já a Americanas solicitou que os recursos sejam desbloqueados e informados que seguirá repassando o dinheiro aos comércios “na forma contratada”.

Encurralada por bancos, a quem deve mais de R$ 20 bilhões, a varejista tenta destravar bilhões bloqueados judicialmente para seguir operando. Com o caixa praticamente zerado, a Americanas tem dificuldade em comprar mercadoria e abastecer o estoque do site e das mais de 3 mil lojas.

Por outro lado, a Stone tenta se resguardar do imbróglio com os comerciantes. É uma prática antiga da Americanas represar e atrasar pagamentos na cadeia de fornecedores, o que pode levar algumas empresas a acionarem como operadoras de pagamento, como a Stone, para tentar receber os recursos.

De conselheiro a oponente

O embate entre um varejista e a empresa de pagamentos carrega outra curiosidade. André Street, um dos fundadores da Stone e presidente do conselho da empresa de pagamentos, já foi integrante do conselho de administração da B2W, empresa que administrava os sites Americanas.com, Submarino e Shoptime e que foi constituída às Lojas Americanas em 2021. A unificação dos negócios deu origem à Americanas.

Street fez parte do conselho da B2W entre 2015 e 2018. Com 39 anos, o jovem empresário foi um dos “pupilos” de Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira, acionistas de referência da Americanas.

Com os “mestres”, Street compartilha a mesma indisposição para aparições públicas e para a concessão de entrevistas. O patrimônio, assim como o trio, está na casa dos bilhões. No total, estima-se que Street seja dono de uma fortuna de R$ 10 bilhões, enquanto Lemann, Sicupira e Telles conseguiram uma fortuna de R$ 180 bilhões.

O primeiro negócio entre eles foi a compra da Sieve, um e-commerce fundado por Street, pela B2W. Na época dessa operação, o jovem bilionário foi convidado a participar do conselho da empresa de comércio eletrônico.

Mesmo após a saída do conselho, Street e Lemann mantiveram uma relação próxima. Os dois são sócios na SaltPay, empresa de pagamentos que atua na Europa. De sócios, foram adversários na Justiça.

Fonte Metropoles

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