Foto colorida mostra ação de aguardando durante atos antidemocráticos em Brasília em 01/08 - Metrópoles

CLDF: escolha de presidente definirá rumo à CPI dos Atos Antidemocráticos

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A última semana na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) foi de intensas e, até o momento, discussões infrutíferas entre os membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que pretendem investigar os atos antidemocráticos ocorridos em 12 de dezembro de 2022 e 8 de janeiro deste ano. Já foram feitas duas reuniões, mas ainda não foi possível decidir quem irá presidir e relatar a investigação. Para esta terça-feira (02/07) um novo encontro está marcado.

A primeira reunião ocorreu ainda na última quarta-feira (1º). O governista da base estava ansioso para apontar o pastor Daniel de Castro (PP) como presidente e Hermeto (MDB) como relator. Para a oposição, ofereceram a vice-presidência, cargo que foi recusado.

No entendimento de Chico Vigilante (PT) e Fábio Felix (PSol), a posição não tem importância prática dentro da CPI e seria “um bom gesto” à opinião pública que a base ceda um dos dois cargos que pleiteia.

Na quinta (2), ocorreu uma nova rodada de discussões, mas ninguém cedeu. O que ocorreu, na verdade, foi uma radicalização do discurso, pois o PT disse que se não tivesse uma carga melhor na investigação, pediria para sair.

A oposição lembrou ainda que a política é feita a partir de acordos e descartou conversas futuras com a base do GDF caso seja escanteada logo no primeiro mês da nova legislatura.

Próximos passos

Mais uma reunião, e ambos os lados esperam que seja a última, está marcada para ocorrer a partir das 14h desta terça.

Para o advogado e cientista político Nauê Bernardo Azevedo, a definição de quem será o presidente da CPI pode encaminhar o andamento das investigações.

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Caso Daniel de Castro, do partido da governadora em exercício Celina Leão (PP), seja escolhido, a tendência é que a pauta busque eximir o governador Ibaneis Rocha (MDB) de responsabilidades nos atos. “Demonstrar que ele não teve participação em qualquer ação ou omissão que levou aos eventos do dia 8 de janeiro”, diz.

É necessário ponderar, no entanto, se vale a pena perder um membro da oposição na investigação para conseguir controlar a narrativa. “No fim, a base do governador vai ter que entender se a CPI é inevitável e se ela, sendo inevitável, pode ser direcionada para algum lado que não gere estragos imensos”, avalia.

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Fonte Metropoles

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