Marcas são a força transformadora por trás das revoluções no mundo dos negócios. Não existe uma empresa líder de mercado sem um posicionamento de marca dando forma à visão de suas lideranças. Todo negócio é uma marca. Independente da empresa já ter investido em branding ou não, a percepção sobre o negócio já existe na cabeça das pessoas.
De acordo com a 1° pesquisa do Brasil sobre construção e posicionamento de marca da Nova Economia liderada pela Allídem, onde levantamos a percepção de 335 líderes de empresas ou startups de tecnologia, fica claro que, quando o mercado pensa em branding, pensa em logo, mas isso é só a ponta do iceberg. A logo vai traduzir lá na frente todo o conjunto de crenças e valores do negócio que foram definidos anteriormente.
O branding, que significa marca em movimento, é uma competência que deve estar conectada à estratégia de negócios. Esta competência tem o objetivo de construir uma marca forte e consistente que sintetize todo o negócio – dando uma base para o crescimento e a escalabilidade. A partir do momento que o branding nasce da visão do negócio, ganha vida por meio de todos os pontos de contato que conectam o cliente à marca.
No entanto, os desafios são muitos em um mercado cada vez mais ágil e competitivo. Impressiona o fato de que 25% das empresas da nova economia não sobreviveram ao primeiro ano.
As empresas precisam se destacar com o que elas têm de única e que não podem ser copiadas: a força da sua marca.
Para criar um posicionamento de marca que vai comunicar de forma clara e identificada os valores e propósito do seu negócio, alguns fatores precisam ser considerados: cultura organizacional, posicionamento e proposta de valor da marca, além da identidade da marca (composta pelo universo visual e verbal) e, por fim, os pontos de contato da marca.
Isso quer dizer que o branding começa como um projeto que, depois, deve ser incorporado e constantemente trabalhado como um processo. O projeto é a etapa principal, é o setup e deve ser desenvolvido por pessoas com conhecimento de negócios, de marca, de marketing, de design, de storytelling, de redação, entre outros. O processo também deve ser aprimorado por estes perfis de pessoas, mas a partir de uma macro direcional, tudo fica mais fácil. Infelizmente, o que mais vemos são empresas que investem no logotipo e na identidade visual, trabalham um site no ar e param por aí.
Quando uma empresa se apropria da sua essência e do seu posicionamento, construindo uma narrativa que comunica isso com clareza e assertividade para o mercado, os resultados se tornam expressivos, passando a gerar conexão. Além disso, é muito importante o discurso ter conversas com a identidade visual e verbal da marca para gerar interesse e desejo pelo seu produto ou serviço. Assim, sua empresa sairá de uma percepção de preço e migrará para uma percepção de valor podendo, inclusive, impactar no lucro.
Nathalia Helou Frontini é fundadora da Allídem. Com 15 anos de experiência, já trabalhou em projetos de marcas como Ambev, Mondelez, Pepsico e O Boticário. Hoje, lidera uma nova metodologia para construir marcas de empresas de tecnologia no Brasil, Latam e Europa.