Boletim de Ocorrência - Metrópoles

Delegada que investiga ataque racista a jornalista: “Não podemos normalizar”

Notícias

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) procura o autor dos ataques racistas contra o jornalista e apresentador da TV Globo Brasília Fred Ferreira. Segundo a delegada chefe da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial (Decrin), Ângela Santos, a denúncia é crucial na luta contra o racismo e os xingamentos não podem ser normalizados.

“Nosso papel é ajudar a pessoa a entender que ela é a vítima. Geralmente, ela não tem tanta consciência. Fica extasiada, chocada, sem entender a situação. O xingamento está tão normalizado que a vítima não sabe o que fazer”, afirmou uma delegada. No caso do jornalista, a partir do registro de ocorrência, a Decrin começou o processo de investigação a fim de identificar o responsável pela conta de onde partiram as ofensas racistas.

janela._taboola = janela._taboola || []; _taboola.push( mode: “thumbnails-mid-gallery”, container: “79-taboola-widget-1-photo-galley”, posicionamento: “79-Widget 1 photo galley”, target_type: “mix” );

Publicidade do parceiro Metrópoles 1


0

Uma vez identificado, o criminoso responderá por injúria racial. A pena é de 1 a 3 anos, mas como o crime foi cometido pela internet, pode ser triplicada. Ele também será indiciado por calúnia. “A maior parte dos crimes de injúria racial tem ocorrido pela internet. Os criminosos se sentem seguros. Pensam que ninguém vai descobrir. Mas, na verdade, todo crime deixa rastro”, pontuou a delegada.

De acordo com o policial, o jornalista atacou colheu as provas corretamente, salvando as informações junto com os eletrônicos. Desta forma, a equipe de investigação teve condições de checar e validar as provas. O perfil investigado seria responsável por ofensas contra outros comunicadores. No entanto, a Decrin não recebeu denúncias oficialmente a manhã desta quinta-feira até (17/11). Sem registro, não é possível abrir investigação.

Além da apuração de cada caso, o registro de ocorrência de abastecimento dos dados estatísticos do DF. Segundo Ângela, a partir desses números, o Estado e outras instituições ganham elementos e títulos essenciais para a produção e a cobrança de políticas públicas. Ou seja, sem denúncia, não há como cobrar reforço na luta contra o racismo.

janela._taboola = janela._taboola || []; _taboola.push( mode: “thumbnails-mid-gallery”, container: “99-taboola-widget-1-photo-galley”, posicionamento: “99-Widget 1 photo galley”, target_type: “mix” );

Publicidade do parceiro Metrópoles 1

janela._taboola = janela._taboola || []; _taboola.push( mode: “thumbnails-mid-gallery”, container: “99-taboola-widget-2-photo-galley”, posicionamento: “99-Widget 2 photo galley”, target_type: “mix” );

Publicidade do parceiro Metrópoles 2

janela._taboola = janela._taboola || []; _taboola.push( mode: “thumbnails-mid-gallery”, container: “99-taboola-widget-3-photo-galley”, posicionamento: “99-Widget 3 photo galley”, target_type: “mix” );

Publicidade do parceiro Metrópoles 3

janela._taboola = janela._taboola || []; _taboola.push( mode: “thumbnails-mid-gallery”, container: “99-taboola-widget-4-photo-galley”, posicionamento: “99-Widget 4 photo galley”, target_type: “mix” );

Publicidade do parceiro Metrópoles 4


0

 

Para ela, o acolhimento é tão importante quanto à investigação. “As vítimas de racismo e de homotransfobia não contam só o fato daquele dia. Contam as histórias delas. O episódio é como um gatilho que traz à tona tudo aquilo que elas sentem. Por isso, é preciso acolher bem para que ela se sinta confiante e não seja revitimizada. sem julgamentos, sem achar que aquele caso é fresco, sem minimizar a dor da vítima”, pontuou.

janela._taboola = janela._taboola || []; _taboola.push( mode: “thumbnails-c-3×1”, container: “taboola-mid-article”, posicionamento: “Mid Article”, target_type: “mix” );

Entenda o caso

Na segunda-feira (14/11), o jornalista denunciou o ataque. O apresentador recebeu como ofensas na última quinta-feira (10/11), mas só leu as mensagens no dia seguinte. “Fiquei o fim de semana inteira pensando no que fazer. Nem deveria pensar, porque a questão era obviamente: denunciar! A gente fica meio incrédulo, em choque. [Mas] fui muito bem atendido na delegacia. Na verdade, acolhido”, postou Ferreira em uma rede social.

“Racismo é crime. Se outras mensagens vierem, outros processos virão. Para piorar, descobri que o criminoso ainda manda outros tipos de mensagens estranhas para colegas, espécie numa de importunação”, afirmou Fred. Durante o ataque, o criminoso chamou o comunicador de “preto desgraçado”.

Conheça alguns canais de denúncia:

O registro pode ser feito em qualquer delegacia ou na Decrin. A Decrin funciona de segunda a sexta, das 12h às 19h. Os telefones de contato são: 3207-4242 ou 197. Outro serviço disponível é o da Delegacia Eletrônica, que pode ser acessado pelo site da PCDF.

O post Delegada que investiga ataque racista a jornalista: “Não podemos normalizar” apareceu pela primeira vez no Metrópoles.

Fonte Metropoles

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *