O Serviço Nacional de Prevenção e Resposta a Desastres (Senapred) do Chile confirmou 13 mortos em incêndios florestais pelo país até a noite de sexta-feira (3/2). De acordo com o órgão, 204 focos se espalharam pelo país, sendo que 56 foram controlados e 148 seguiram sob combate de bombeiros e outras forças de segurança.
Os incêndios atingem as regiões de Ñuble, Biobío e La Araucanía, além dos municípios de Longaví, Cauquenes, Chanco e Curepto, na região de Maule. O alerta vermelho está mantido para todos esses lugares.
Maurício Tapia, diretor do Senapred, afirmou que 22 pessoas tiveram que receber atendimento médico, sendo oito delas com “graves queimadas”. Mais de 70 mensagens foram enviadas, nas últimas horas, para os celulares dos cidadãos nas regiões.
“Há 13 mortes no total: 11 pessoas na comuna de Santa Juana e também um piloto boliviano e um mecânico chileno que entrou em um helicóptero que estava de serviço para combater o incêndio”, confirmou Tapia. Além disso, 95 casas foram destruídas pelo fogo, mas 107 seguem sob avaliação por causa dos estragos. Nove escolas em Biobío e duas em La Araucanía foram atingidas.
De acordo com o governo, 771 pessoas tiveram que receber abrigo por causa da proximidade com as chamas.
visita do presidente
O presidente do Chile, Gabriel Boric, interrompeu as férias para visitar os locais mais atingidos. “Toda a força do Estado será mobilizada para combater os incêndios e acompanhar as vítimas. As Forças Armadas e os Carabineiros (policiais chilenos) vão estar a patrulhar preventivamente toda a zona”, garantiu o chefe do Executivo.
Existe também uma denúncia de que muitos incêndios tiveram sido causados criminalmente. “Não há autorização para realizar a queima de lixo ou resíduos agrícolas de qualquer coisa. Estamos numa situação muito complexa, por isso, é necessária a colaboração de todos os cidadãos, é muito mais fácil prevenir um incêndio do que combatê-lo”, apontou Boric.