O processo em que Daniel Alves é acusado de agressão sexual segue se desenrolando na Espanha. Nesta sexta-feira (3), o jornal “La Vanguardia” revelou como um par de tênis poderia ser a chave para decifrar algo importante no caso. O calçado teria como confirmar ou negar a presença do jogador no banheiro da boate em que um jovem diz ter sido vítima do jogador brasileiro.
Segundo a tradução espanhola, Daniel estava em um ponto cego das imagens registradas pelas câmeras de segurança. No entanto, a filmagem um par de tênis brancos mostra um reflexo de um espelho no momento em que um jovem entra no banheiro. A acusação tentará provar que os calçados são do jogador, e usaria a gravação para afirmar que é Daniel quem segura a porta para que a moça entre no banheiro. Em seu relato, ela afirmou que o brasileiro teria insistido diversas vezes para que ela entrasse no sanitário.
A defesa, por sua vez, trabalha para provar que o tênis não pertence a Daniel. Os advogados tentam usar o argumento para afirmar que o atleta não estava dentro da cabine naquele momento. Eles tentam indicar que o jovem teria entrado no banheiro por vontade própria, dois minutos depois do jogador, e que não havia uma “situação de dominação ou medo” naquela ocasião.
De acordo com o jornal, a jovem alega que teria entrado no banheiro pelo temor de que fosse agredida ao sair da boate, ou que alguém “colocasse algo em sua bebida”. A acusação utiliza esta versão para justificar o fato de ela não ter saído imediatamente do local onde estava com Daniel. Já a defesa acredita que as pessoas poderão provar inconsistências no depoimento da mulher.
Ainda hoje, a expectativa era de que a Justiça da Espanha coletasse mais uma série de relatos fundamentais para o caso. Duas amigas que acompanharam o jovem conseguiram de prestar depoimentos à juíza Anna Marín. Outros funcionários da boate também estavam agendados para serem ouvidos: o porteiro, que teria visto a jovem chorando na saída; o diretor da boate, que ouviu a acusação dela ainda no local e chamou a polícia; e um garçom que atendeu três jovens a se juntar a Daniel Alves e um amigo numa mesa reservada.
Lembre-se do caso
Daniel Alves foi preso em 20 de janeiro, após ser acusado de agressão sexual na Espanha. Segundo a denúncia, que está na Justiça da Catalunha, uma mulher de 23 anos declarou que foi abusada sexualmente pelo jogador durante uma festa em Barcelona, em 30 de dezembro de 2022.
A juíza espanhola Maria Concepción Canton Martín, do Juizado de Instrução 15 de Barcelona, ordenou a prisão preventiva e sem direito a fiança do atleta. Segundo uma fonte revelou à AFP, ao determinar a prisão, a juíza levou em conta as condições financeiras do jogador, o fato de ele não ter raízes no país, e a ausência de um acordo de extradição entre Brasil e Espanha.
De acordo com o ‘El País’, uma mulher, de 23 anos, não pretende receber qualquer indenização. A jovem quer apenas que se faça justiça e que Daniel Alves fique preso. Enquanto isso, as autoridades seguem investigando o ocorrido, tomando depoimentos de testemunhas, fazendo a perícia do local e avaliando os exames médicos. Ele pode pegar até 12 anos de prisão caso seja condenado.
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