Uma crise no PL, partido de Bolsonaroenvolvendo o comando da Assembleia Legislativa do Rio pode fazer o governador Cláudio Castro deixar a sigla.
Castro se sentiu afrontado por, às vésperas da eleição na Alerj, ver lideranças de seu partido apoiando um nome diferente do dele para a presidência da Alerj. Castro apoia Rodrigo Bacellar; o presidente do PL-RJ, Altineu Côrtes, abraçou a candidatura de Jair Bittencourt.
Aliados de Castro afirmam que, caso o atrito continue, Valdemar, chefe nacional do PL, terá que fazer uma escolha entre o governador e Altineu Côrtes. Afirmam que Castro não engoliu a dissidência na Alerj e que poderá se ver obrigado a deixar o partido por ter sua liderança contestada. Por ter sido eleito em eleição majoritária, não há impeditivo para que o governador se desfilie do PL.
Já Altineu Côrtes afirma não haver motivo para Castro se preocupar com a candidatura de Jair Bittencourt.
“Não existe candidatura na Alerj contra o Cláudio Castro. Ambos são um favor. O Jair Bittencourt também é do PL. A candidatura dele surgiu da insatisfação de deputados com o Bacellar, pelo fato de ele não cumprir a política de proporcionalidade. O PL tem 25% (dos parlamentares) da Alerj, mas Bacellar se recusou a dar ao partido a indicação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A postura dele é bem diferente da do Arthur Lira em Brasília, que respeita todos os partidos”, afirmou Altineu Côrtes.
Sobre a possibilidade de Cláudio Castro deixar o partido, o deputado afirmou:
“Não sabia disso. Espero que não aconteça. Vencemos a eleição juntos, e lutei muito por ele. Mas não posso deixar de cobrar respeito à política. O projeto do Bacellar não é um projeto político, é um projeto individual. Uma coisa é o governo, outra é a Alerj”.