O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que participa nesta segunda-feira (30/1) de uma reunião com a diretoria da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), afirmou que o governo pretende levar adiante uma reforma para democratizar o sistema de crédito no país.
Antes do encontro na Fiesp, Haddad esteve reunido com o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, no escritório do Ministério da Fazenda na capital paulista.
“Tive uma hora e meia de reunião com o presidente do banco central. Vamos desengavetar todas as iniciativas do BC que estavam paralisadas dentro do Executivo. Já me comprometi com ele a levar adiante a agenda de reformas no sistema de crédito, para melhorar o ambiente de crédito no Brasil”, disse Haddad ao discursar para os empresários.
“É claro que a Selic (taxa básica de juros da economia, hoje em 13,75% ao ano) é uma trava para todos nós, um obstáculo. Mas sabemos o potencial que isso teria sobre a economia brasileira. Vamos abraçar a agenda de crédito”, afirmou o ministro.
Haddad afirmou que há uma série de projetos de lei sobre o assunto em tramitação no Congresso Nacional. “Em relação ao crédito, há um problema de garantias que temos de resolver. Temos de fazer o esforço necessário para que a política fiscal e a cardíaca se harmonizem novamente. Essa agenda do crédito é uma agenda que teremos que enfrentar. Tem oito projetos de lei prontos para serem encaminhados”, afirmou.
“Eu sou a favor de um tratamento diferenciado para fomentar as empresas no Brasil. Temos que melhorar o ambiente de negócios e garantir mais entrada de novos jogadoras no mercado de crédito. Isso passa pela estrutura do mercado de crédito no país, que ainda inspira muitos cuidados”, prosseguiu Haddad.
O ministro da Fazenda disse ainda que hoje, no Brasil, há 70 milhões de CPFs negativados. “Como essas pessoas vão voltar às compras? Temos que reconhecer que o quadro pós-pandemia desorganizou muita coisa. Temos que organizar isso para que as pessoas voltem à normalidade de suas vidas.”
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Ao tratar do tema com os empresários da indústria na Fiesp, Haddad disse que o BC deve disponibilizar o Pix (sistema de transferências financeiras e pagamentos instantâneos) como um dos instrumentos para facilitar o acesso ao crédito.
“O Pix vai ser usado para crédito e isso está na agenda do BC. Vai ajudar muito na questão do crédito no Brasil”, afirmou o ministro, sem dar maiores detalhes sobre como isso funcionaria. “Vejo com bons olhos os novos instrumentos disponíveis, desde as fintechs até as novas operações de crédito.”
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