Foto colorida de crianças brincando em laboratório - Metrópoles

Inovações na escola ajudam a aproximar alunos do trabalho

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As inovações presentes na escola de hoje estão determinadas às necessidades do mundo do trabalho.

Anteriormente ao movimento de manipulação de mudanças provocados pela pandemia, o Ministério da Educação esperava a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), um documento que estrutura o que todo aluno brasileiro, seja da rede pública ou privada, deve aprender ao longo da educação básica.

A BNCC lista dez competências gerais que os estudantes devem adquirir. São elas: conhecimento; pensamento científico, crítico e criativo; senso estético e repertório cultural; comunicação; cultura digital; autogestão; argumentação; autoconhecimento e autocuidado; empatia e cooperação; e autonomia.

A analista de carreiras do Ibmec Brasília, Alinne Ovelar, afirma que as mudanças implementadas na educação nos últimos anos aproximaram as escolas da realidade vivida no mercado de trabalho.

“As disciplinas seguiam um currículo tradicional, sem o trabalho de inovação, tecnologia, resolução de problemas, desenvolvimento de criatividade, relacionamento interpessoal e liderança que hoje em qualquer nível de atuação, desde o estagiário até o CEO, é exigido na atuação profissional”, afirma a analista.

Para Alinne, aprender por meio de metodologias ativas, com mais significado, garante uma formação integral de qualidade.

“Aprender as disciplinas e qualquer outra base de conhecimento, utilizando metodologias que intercalam teoria e prática e com casos reais e vivenciados na rotina, é muito mais promissor do que buscá-las de forma pediátrica. Não só na vida acadêmica, mas também na vida pessoal e profissional, estamos vivendo em um contexto de interdisciplinaridade”.

Alinne Ovelar

O autoconhecimento trabalhado nos novos currículos de maneira transversal também colabora para que os alunos façam as melhores escolhas profissionais, sejam elas um curso de nível superior ou uma opção de empreender.

“Os novos currículos visam aproximar os alunos de seus interesses e prepará-los para uma melhor escolha de curso superior e planejamento de carreira, o que antes era bem negligenciado. Hoje eles conseguem mostrar aos alunos as várias possibilidades de atuação e ajudar a construir essa escolha e fazer esse planejamento vocacional”, afirma Alinne.

Formação contínua

As mudanças constantes no mundo e nas oportunidades profissionais também permitiram que os profissionais estivessem sempre estudando e se atualizando. Daí surge o conceito lifelong learning (aprendizagem ao longo da vida) que prevê que os estudos devam continuar além do período obrigatório da educação básica, que dura 11 anos.

“A diferença é que agora, desde mais cedo e também no ambiente escolar, podemos ter um aprendizado que é para a vida e não só sobre um conteúdo específico para tirar boa nota na prova e depois esquecer essa informação sem ter uma ideia de como usar -la na prática. E isso é motivado a ser contínuo, então a necessidade de aprendizagem vai além do ensino médio e depois além do ensino superior e assim por diante”.

Alinne Ovelar

O aumento da escolaridade ainda garante maiores salários. Uma pesquisa feita pelo Instituto Semesp, entidades que reúnem as mantenedoras do ensino superior, em 2020, permitiu que o salário médio de um trabalhador com doutorado é o dobro formado apenas na faculdade.

Fonte Metropoles

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