Jair Bolsonaro (PL) rebateu, neste domingo (22/1), os ataques que receberam do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que atribuiu a ele a culpa pela crise humanitária dos povos Yanomamis. Mais cedo, no Twitter, o presidente Lula afirmou que o abandono dos povos Yanomamis pela gestão de Bolsonaro é “um crime premeditado” e um “genocídio”.
Em seu canal oficial no Telegram, Bolsonaro classificou as críticas e pressões imputadas a ele como “mais uma farsa da esquerda”, e destacou ações do governo dele no território indígena.
Crianças Yanomami
Crianças Yanomamis desnutridas são atendidas por técnicos do Ministério da Saúde
Condisi
crise humanitária yanomami (1)
Oito crianças foram encontradas em estado grave de desnutrição
Condisi-YY/Divulgação
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crise humanitária yanomami (2)
Saúde também encontrou casos de malária em crianças Yanomami em Roraima
Condisi-YY/Divulgação
crise humanitária yanomami (3)
Crise sanitária e humanitária em terra indígena Yanomami, em Roraima
Condisi-YY/Divulgação
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Lula visitou o povo Yanomami em Roraima neste sábado (21/1)
Ricardo Stuckert/Secom
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Lula visitou o povo Yanomami em Roraima nesse sábado (21/1)
Ricardo Stuckert/Secom
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Lula visitou o povo Yanomami em Roraima neste sábado (21/1)
Ricardo Stuckert/Secom
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Segundo Bolsonaro, de 2020 a 2022, foram realizadas 20 ações de saúde que levaram atenção especializada para dentro dos territórios indígenas.
“Os cuidados com a saúde indígena são uma das prioridades do governo federal. De 2019 a novembro de 2022, o Ministério da Saúde prestou mais de 53 milhões de atendimentos de Atenção Básica aos povos tradicionais, conforme dados do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena do SUS, o SasiSUS”, alegou o ex-presidente da República.
Bolsonaro também destacou a criação de medidas sanitárias tratadas às indígenas durante a pandemia da Covid-19.
“O Plano de Contingência Nacional para Infecção Humana pelo novo Coronavírus em Povos Indígenas é o legado de um planejamento que atendeu os 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dsei) e englobou diversas iniciativas a partir de 2020. Assim, foi possível ampliar 1,7 mil vagas no quadro de profissionais na saúde indígena e contratação de 241 profissionais”, destaque.
O ex-presidente também relatou ter adotado protocolos sanitários de entrada no local durante uma crise sanitária e operações que possibilitaram a oferta de consultas especializadas à população local.
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“As 20 operações contaram ainda com parceria do Ministério da Defesa, além de outras organizações governamentais e não governamentais. Foram atendidas localidades dos seguintes distritos: Alto Rio Negro, Vale do Javari, Leste de Roraima, Yanomami, Amapá e Norte do Pará, Xavante, Araguaia, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Alto Rio Juruá, Kayapó do Pará, Guama Tocantins e Alto Rio Solimões”, detalhe.
“Genocídio”, diz Lula
Neste domingo (22/1), o presidente Lula afirmou que o abandono dos povos Yanomamis pela gestão de Bolsonaro é “mais que uma crise humanitária”.
“O que vi em Roraima foi um genocídio. Um crime premeditado contra os Yanomamis, cometido por um governo insensível ao sofrimento do povo brasileiro”, publicou o petista nas redes sociais. Lula e comitiva com três ministros aguardaram nesse sábado em Roraima, onde visitaram a Casa de Saúde Indígena (Casai). Yanomami após técnicos do Ministério da Saúde encontraram vários casos de desnutrição e doenças entre os indígenas.
Lula reiterou que, em seu governo, “os indígenas serão tratados com dignidade”.
“Não haverá mais genocídios. A humanidade tem uma dívida histórica com os povos indígenas, que preservam o meio ambiente e ajudam a conter os efeitos das mudanças climáticas. Essa dívida será paga, em nome da sobrevivência do planeta”, completou.
O post Bolsonaro rebate ataques de Lula sobre Yanomamis: “Farsa da esquerda” apareceu pela primeira vez no Metrópoles.