As autoridades peruanas fecharam neste sábado (21/1) o acesso à cidade inca de Machu Picchu, considerada um patrimônio mundial pela Unesco. O motivo alegado para o isolamento da região foi segurança. Ao longo da última semana, o país tem convivido com uma série de protestos. Eles reivindicam a renúncia da presidente do Peru, Dina Boluarte. Até agora, ao menos 50 pessoas morreram nos confrontos ocorridos nessas manifestações.
Em nota, o Ministério da Cultura peruano informou: “A malha rodoviária inca e a cidadela de Machu Picchu foram fechadas em vista da situação social e para garantir a integridade dos visitantes”, anunciou o órgão, observando que a medida vale “até novo aviso” . Ou seja, por tempo indeterminado.
De acordo com a agência de notícias AFP, o governo peruano tomou uma decisão após a ferrovia que liga a cidade de Cusco a Machu Picchu ter sido danificada. Os problemas foram atribuídos pelas autoridades aos ativistas contrários ao governo. Segundo a transportadora Ferrocarril Trasandino, trilhos da via foram retirados do local na sexta (20/1).
Ainda segundo a agência, pelo menos 400 turistas estão presos em Aguas Calientes, povoado próximo a Machu Picchu. A ferrovia é o único meio de transporte para a cidadela, já que não há uma passagem para carros para conectá-la a Cusco.
Caso o fechamento da cidade histórica se estenda, ele gera consequências negativas, uma vez que o turismo é a principal fonte de renda da região. Machu Picchu, também chamada de a “terra perdida dos incas”, é uma cidade pré-colombiana, localizada no topo de uma montanha, a 2,4 mil metros de altitude, no vale do rio Urubamba.
Ela foi construída no início do século XV, por volta de 1420, sob as ordens de Pachacuti, o nono Sapa Inca, ou Imperador Supremo. O local é, provavelmente, o maior símbolo do Império Inca.