A Polícia Federal deixa residência do governador afastado do DF, Ibaneis Rocha, após cerca de 2h30min de buscas.  Na imagem, duas viaturas aparecem estacionadas no portão - Metrópoles

PF analisa agenda e 42 câmeras para saber quem entrou no Buriti entre 1º e 7/1

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A Polícia Federal capturou imagens de 42 câmeras de segurança e informações de agendas de Ibaneis Rocha (MDB) no Palácio do Buriti durante cumprimento de mandado de busca e apreensão contra o governador do Distrito Federal, nesta sexta-feira (20/1). Um dos objetivos é detalhar as visitas que Ibaneis recebeu no local entre 1º e 7 de janeiro, ou seja, antes dos ataques à democracia do dia 8.

A ação da PF apura possíveis omissões de autoridades públicas quanto aos atos violentos registrados naquele dia, quando houve uma tentativa de golpe de Estado com uso de violência, protagonizado por milhares de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL). As imagens do Buriti e os registros da agenda do governador afastado podem ajudar a esclarecer quais os níveis de informações que Ibaneis recebeu antes dos atos.

Quatro policiais federais e um promotor de Justiça acompanharam a ação. Entre os objetos apreendidos, estão um notebook, dispositivo para armazenamento de dados e arquivos digitais nos endereços ligados ao governador remoto do Distrito Federal.

Os autos circunstanciados de busca e apreensão, obtidos pela coluna Grande Angular, evidenciando que os pacientes levaram um notebook Samsung e o carregador do cômodo identificado como escritório de Ibaneis, na residência dele, no Lago Sul. O governador afastado não estava em casa porque havia viajado para a fazenda dele.

Já na Ibaneis Advocacia e Consultoria, onde Ibaneis atuava como advogado antes de licenciar-se da profissão para assumir o cargo de governador, a PF apreendeu um SSD de computador (dispositivo semelhante a um HD, que armazena dados) do escritório identificado como do emedebista e dados extraídos da pasta com o nome “Ibaneis”, no compartilhamento da rede interna nomeada como “usuários”.

Veja os autos da PF sobre o que foi entendido nos endereços ligados a Ibaneis:

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Busca e Apreensão Escritori… de metrópoles

Busca e Apreensão Casa de I… de metrópoles

Segundo fontes da coluna, diferentemente do que ocorreu no caso de Anderson Torres, ocasião em que acharam documento vinculado a um plano de golpe, não foram encontrados, aparentemente, conteúdos semelhantes na casa de Ibaneis. Claro que, no caso dos computadores, apenas a apuração dos dados descartará a hipótese de cometimento de crime.

Operação realizada no escritório de advocacia, a busca e apreensão foi feita por dois representantes da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional do Distrito Federal (OAB-DF): Thiago da Silva Passos e Newton Rubens de Oliveira.

A PF também cumpre mandado de busca e apreensão no gabinete do governador, no Palácio do Buriti.

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Por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, a PF fez busca e apreensão em três endereços a Ibaneis, na tarde desta sexta-feira (20/1), e na casa de Fernando de Sousa Oliveira, que era o secretário executivo de Segurança Pública do DF no dia em que terroristas invadiram e depredaram o Congresso, STF e Palácio do Planalto.

O pedido de busca e apreensão foi feito pelo Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Em nota, a PGR informou que o objetivo da operação é buscar provas a fim de instruir o inquérito instaurado para apurar condutas de autoridades públicas que seguem se omitido na obrigação de impedir os atos violentos registrados em 8 de janeiro, em Brasília.

Afastamento

Moraes levou Ibaneis Rocha do cargo no dia dos atos terroristas. Na mesma semana, o plenário do Supremo confirmou o afastamento, por maioria dos votos.

O ministro avaliou, em decisão, que “a omissão e conivência de diversas autoridades da área de segurança e inteligência ficaram demonstradas com a ausência do necessário policiamento, em especial do Comando de Choque da Polícia Militar do Distrito Federal”.

Ibaneis nega ação ou omissão que contribuíram para a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes.

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Fonte Metropoles

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