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A ativista climática Greta Thunberg foi detida pela polícia alemã em um protesto contra a expansão de uma mina de carvão na vila de Lützerath, no oeste da Alemanha, informou a afiliada da CNN N-TV.
Thunberg juntou-se a milhares de outros ativistas e manifestantes que participaram das manifestações de fim de semana contra a demolição da vila alemã que abriria caminho para uma expansão da mina de carvão de Garzweiler, que pertence à gigante energética europeia RWE.
Assim que o despejo for concluído, a RWE planeja construir um Cerca de perímetro de 1,5 km ao redor da vila, isolando os prédios, ruas e esgotos da vila antes de serem demolidos.
A expansão da mina de carvão é significativa para os ativistas climáticos. Eles argumentam que continuar a queimar carvão para obter energia aumentará as emissões que aquecem o planeta e violará a ambição do Acordo Climático de Paris de limitar o aumento da temperatura global a 1,5 grau Celsius acima dos níveis pré-industriais. A lenhite é o tipo de carvão mais poluente, que por sua vez é o combustível fóssil mais poluente.
Thunberg twittou na sexta-feira que ela estava em Lützerath para protestar contra a expansão e pediu a outros que se juntassem.
Os confrontos entre os ativistas e a polícia ocorreram este mês, e fotos dos protestos mostraram a polícia usando equipamento antimotim para remover os manifestantes. Alguns dos manifestantes estão em Lützerath há mais de dois anos, informou a CNN anteriormente, ocupando as casas abandonadas por ex-residentes depois que foram despejados para dar lugar à mina.
Mais de 1.000 policiais estiveram envolvidos na operação de despejo. A maioria dos edifícios da vila já foram limpos e substituídos por máquinas de escavação.
A RWE e o Partido Verde da Alemanha rejeitam a alegação de que a expansão da mina aumentará as emissões gerais, dizendo que os limites europeus significam que as emissões extras de carbono podem ser compensadas. Mas vários relatórios climáticos deixaram clara a necessidade de acelerar a energia limpa e fazer a transição para longe dos combustíveis fósseis. Estudos recentes também sugerem que a Alemanha pode nem precisar do carvão extra. Um relatório de agosto pela plataforma internacional de pesquisa Coal Transitions descobriu que, mesmo que as usinas de carvão operem em capacidade muito alta até o final desta década, elas já têm mais carvão disponível do que o necessário a partir dos suprimentos existentes.
Esta história foi atualizada com mais informações.
