Prefeitura e Instituto Agronômico de Campinas investigam porque figueira branca de 35 metros cedeu. Guilherme da Silva de Oliveira Santos tinha 36 anos e deixou dois filhos. Condutor de carro atingido por árvore de 35 metros morre em Campinas (SP) Lucílio Ferreira Junior A morte do técnico em eletrônica Guilherme da Silva de Oliveira Santos, atingido por uma árvore gigante que cedeu no Bosque dos Jequitibás de Campinas (SP), completou 20 dias nesta terça-feira (17) sem que haja resposta sobre as causas da queda. Apesar disso, a tragédia gerou algumas ações: a poda de copas foi intensificada e a prefeitura adotou estratégia para o trânsito na região em dia de chuvas. Guilherme passou de carro pela Rua General Marcondes Salgado por volta de 8h30, horário em que uma árvore de 35 metros caiu exatamente em cima do veículo. Ele morreu no local e o corpo só foi retirado às 16h30 do mesmo dia. A árvore ainda duas casas e foi preciso interditar uma. O técnico em eletrônica de 36 anos deixou dois filhos, de 5 e 7 anos, além da esposa. “Eu não sei como falar, por dentro eu estou destruído por perder ele dessa forma”, disse o irmão de Guilherme, Rogério Santos. Quem era o técnico de eletrônica que morreu atingido pela árvore gigante Prefeitura prometeu apuração e indicou possíveis causas Imagens de drone mostram dimensões da árvore de grande porte Pai e irmão de Guilherme da Silva de Oliveira Santos, que morreu acertado por árvore em Campinas Clausio Tavoloni/ EPTV Segundo a prefeitura, 90 árvores foram podadas no bosque e na Lagoa do Taquaral desde 20 de dezembro de 2022. Nenhuma delas precisou ser arrancada, segundo a Secretaria de Serviços Públicos, já que cortes foram nas copas e galhos externos. “As medidas adotadas foram as podas da copa das árvores avançadas sobre as ruas e o fechamento das Marcondes Salgado em momentos de chuva forte”, informou. Investigações em andamento Duas frentes de investigação foram iniciadas desde a queda. Uma delas, da prefeitura, consiste em uma perícia para que uma junta de engenheiros agrônomos e florestais do Departamento de Parques e Jardins emita um laudo. No dado do ocorrido, o secretário de Serviços Públicos, Ernesto Paulella, afirmou que a figueira branca cresceu a partir da disseminação da semente por pequenos animais silvestres que se alimentam de frutos. “Por isso, sua característica é ter raiz muito superficial, o que é comum em bosques/fragmentos de floresta”. Uma outra iniciativa de apuração foi enviar fragmentos da figueira para o Instituto Agronômico de Campinas (IAC). Pesquisadora do IAC, Christina Dudienas informou que recebeu o material há cerca de dez dias e espera ter resultado na próxima semana. “No caso da amostra da árvore que ouviu aqui no Laboratório de Fitopatologia do IAC, houve crescimento de fungos. Estamos classificando esses fungos através de observação em microscópio e simultaneamente enviamos para análise molecular”. O secretário de Serviços Públicos em Campinas, Ernesto Paulella Reprodução / EPTV VÍDEOS: destaques da região de Campinas Veja mais notícias da região no g1 Campinas
Fonte G1