A EPTV teve acesso a trechos das declarações que presos em flagrante dentro do Palácio do Planalto deram à Polícia Civil. Três golpistas bolsonaristas que moram na região de Campinas (SP) e foram presos em flagrante dentro do Palácio do Planalto durante os ataques terroristas na Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF), negaram a participação da Polícia Civil nas ações que vandalizaram o patrimônio público no último domingo (8). A EPTV, afiliada TV Globo, teve acesso com os trechos dos depoimentos. Chega a 12 número de moradores da região entre os presos por atos terroristas em Brasília Terrorismo em Brasília: nomes dos presos por invasão à Praça dos Três Poderes Golpistas identificados: quem são os invasores Em um deles, o vidraceiro Givair Batista Souza, de 49 anos , morador de Sumaré (SP), conta que frequentava o acampamento bolsonarista que estava instalado em frente a uma Escola de Cadetes em Campinas (SP). O homem que já tem passagem por roubo afirma que dois ônibus saíram da cidade no sábado (7) com destino a Brasília, e que os custos foram rateados entre os participantes. Ele teria pago R$ 350. Em sua versão à polícia, Souza alegou que a ideia era promover uma manifestação festiva, e que quando chegou na Esplanada dos Ministérios, por volta das 16h, viu bastante confusão. O vidraceiro ainda disse que “não tinha noção do que estava no local”. Trecho do depoimento de Givair Batista Souza, de 49 anos, de Sumaré (SP), preso em flagrante durante os atos de golpistas em Brasília (DF) Reprodução/EPTV Também de Sumaré (SP), o operador de máquinas Davi Emanuel Pereira Domiciano, de 41 anos, conta que foi a Brasília em um ônibus de caravana na companhia da esposa. Ele alega que ao chegar à Praça dos Três Poderes ficou no gramdo “vendo o tumulto” e que em determinando momento “viu a rampa e porque subiu pensou que teria uma visão privilegiada daquele ponto”. Em outro trecho, Domiciano que foi preso dentro do Palácio do Planalto disse que encontrou homens do Exército no local e que isso “deixou a impressão de que as pessoas estavam seguras”, mas “a tropa de choque chegou e deu voz de prisão para todos” . Trecho do depoimento de Edineia Paes da Silva dos Santos, moradora de Americana (SP), presa por atos golpistas em Brasília Reprodução Outra bolsonarista presa dentro do Palácio do Planalto durante o ato terrorista foi a faxineira Edineia Paes da Silva dos Santos, moradora de Americana (SP), de 37 anos. Em seu depoimento, ela contornou que depois depois de participar de uma caminhada, “percebeu que havia começado uma confusão, um quebra-quebra, com várias bombas sendo lançadas”. Segundo seu relato à Polícia Civil, ela teria corrido em direção a uma espécie de fosso, onde procurava se abrigar, sendo que depois “foi agarrada por um policial e foi detida”. Ela afirmou que “não chegou a presenciar o momento em que a quebradeira”. Golpistas usam gradil para quebrar prédio público em Brasília neste domingo (8) Ton Molina/AFP Ao menos 12 golpistas presos durante os atos terroristas na Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF), moram em cidades das regiões de Campinas (SP) e Piracicaba (SP). Davi Emanuel Pereira Domiciano, 41 anos, morador de Sumaré Givair Batista Souza, 49 anos, de Sumaré Reginaldo Carlo Begiato Garcia, 55 anos, morador de Jaguariúna Crisleide Gregório Ramos, 28 anos, moradora de Campinas Edineia Paes da Silva dos Santos, 37 anos , moradora de Americana Maria Aparecida Medula, 51 anos, moradora de Americana Marileide Marcelino da Silva, 51 anos, moradora de Mogi Guaçu Haroldo Wilson Roder, 57 anos, morador de Nova Odessa Dirceu Ribeiro da Assunsão, 54 anos, morador de Nova Odessa Clovis Pierotti de Oliveira, 55 anos, morador de Sumaré Sueli Aparecida de Souza Ramos, 46 anos, moradora de Limeira Carlos Alberto da Silva Nascimento, 37 anos, morador de Sumaré Outros identificados Além dos presos, outros bolsonaristas da região de Campinas participaram da invasão e foram identificados porque usaram as redes sociais para expor os atos extremistas. Entre eles uma ex-candidata a deputada estadual, que destaca que a polícia não dificultou a invasão, e até a diretora da Escola Estadual Professor Luis Galhardo, que apoiou ações golpistas em Brasília. Outro usado como redes sociais para agradecer “os patrocinadores” que permitiram uma viagem até Brasília. No vídeo, o homem identificado como Samuel Faria, de Socorro (SP), agradeceu aos “amigos patriotas” e diz que “muitos patrocinaram com o PIX”. “Estou me sentindo um parlamentar. O pau tá quebrando (sic), olha lá (mostra o confronto), o pau quebrando lá, tô nem aí, estou de férias. O dinheiro está na conta. Obrigado amigos patriotas, pessoal de Amparo, do QG, muitos amigos patrocinando a gente aí com o PIX”, diz. LEIA TAMBÉM: Dário, Unicamp, parlamentares: autoridades e instituições da região de Campinas repudiam ações antidemocráticas em Brasília Em outro vídeo, o homem que se apresenta como um dos organizadores do acampamento bolsonaristam na metrópole sobe a rampa do Congresso enquanto profere palavras de ordem. “Brasília está sendo tomada pela cidade de Campinas, pelos patriotas, essa rampa nunca foi da esquerda”, disse Symon Patriota. VÍDEOS: destaques da região de Campinas Veja mais notícias da região no g1 Campinas
Fonte G1
