GDF prevê metrô para Asa Norte; especialistas explicam obstáculos para expansões

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Criada há quase 25 anos, a Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF), atualmente, chega a seis das 35 regiões administrativas. A última expansão para fora do Plano Piloto foi entregue em 2020. O atual governo promete ampliar o meio de transporte para novas áreas em Ceilândia e Samambaia, além da Asa Norte.

Para especialistas, no momento, não há a possibilidade de se estender o metrô para todas as áreas da capital federal. Questões de demanda e respiração seriam empecilhos. O ideal seria investir em melhorias nas linhas já existentes.

Segundo a Secretaria de Transporte e Mobilidade do DF (Semob), há estudos em andamento que analisam a possibilidade técnica e econômica de ampliar as linhas para outras regiões.

A pasta afirmou que a construção de novas estações em Samambaia e Ceilândia, e a criação de um terminal na Asa Norte vão acrescentar 6,5 milhas à rede metroviária. A única previsão de entrega é a de Samambaia, que deve ser finalizada em quatro anos. Como restante, segundo a Semob, “ainda são estudos, então não há previsão.”

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Atualmente, o Metrô-DF atende a cerca de 160 mil usuários por dia. Reeleito, o Ibaneis Rocha (MDB) reforçou, em reunião na semana passada, a intenção de priorizar, pelo menos, dois projetos de expansão.

O primeiro, de Samambaia, está em fase de licitação. Para o próximo ano, a Ibaneis aguarda a liberação de recursos que serão usados ​​na expansão do transporte em Ceilândia.

Artur Morais, especialista em transportes, avalia que, atualmente, não seria possível implementar uma linha de metrô em todas as regiões do DF. “Um sistema de metrô é muito caro para ser construído e para ser operado. E ele é para locais com alta demanda. Aqui em Brasília, em muitos locais a demanda é mais para o sistema de ônibus mesmo”, considera.

“Como o metrô não atende a todas as áreas, se utiliza o ônibus. Para aliviar a mobilidade aqui no DF, é preciso avaliar os transportadores de ônibus. Como se tem o BRT e o corredor da EPTG. Faixas exclusivas para ônibus e que chegam a todas as regiões é a solução atual que pode melhorar a mobilidade no DF”, completa.

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Em relação à expansão da linha para a Asa Norte, o pastor Willy Gonzales, professor do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da Universidade de Brasília (UnB), afirma que a obra é necessária, mas “já desvia ter sido feita há muito tempo”.

Concessão do metrô

Outra questão que aguarda resolução é o projeto de concessão do metrô. Antes previsto para ter início em junho de 2022, o processo está há quase um ano em análise pelo Tribunal de Contas do DF (TCDF).

A Corte aguarda manifestação da Semob em relação a novos questionamentos feitos para dar continuidade à análise do projeto.

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Pastor Willy avalia que a concessão pode não ser o modelo mais favorável para resolver possíveis problemas do Metrô. “Existem outros modelos mais atuais. É preciso ver quais são os modelos mais interessantes. Há muita coisa a ser revista e seria importante repensar se a concessão resolveria o problema”, finaliza.



Fonte Metropoles

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