Ave de pés azuis? Conheça a espécie que ‘viralizou’ na internet

Campinas e Região



Vídeo que circula nas redes sociais mostra o atobá-de-pés-azuis; Espécie foi registrada na Ilha de Galápagos e impressionou internautas. O atobá-de-pés-azuis foi um dos animais estudados por Charles Darwin durante o trabalho desenvolvido sobre a evolução das espécies. Don Johnston/BioDiversity 4All Um vídeo que ‘viralizou’ na internet mostra uma ave de pés azuis! Mas afinal, qual espécie é essa? Em tempo de inteligência artificial imagens como essa podem parecer criadas na internet, mas não! Os atobás-de-pés-azuis (Sula nebouxii) existem! Eles vivem na Ilha de Galápagos e chamam a atenção justamente por essa peculiaridade nas patas. Ave é exclusiva do oceano Pacífico entre o Peru e o México, em geral em águas de alta produtividade, como nas Galápagos e Mar de Cortez. O atobá-de-pés-azuis foi um dos animais estudados por Charles Darwin durante o trabalho desenvolvido sobre a evolução das espécies e pertence à família Sulidae, junto com o atobá-pardo (Sula leucogaster), atobá-grande (Sula dactylatra), atobá-de-pé-vermelhos (Sula sula) e diversos gansos-patola. Segundo o biólogo Fábio Olmos, as patas azuis têm essa cor devido a pigmentos da dieta e, cores mais brilhantes indicam uma ave mais nutrida e mais capacitada para pescar. A família tem compatibilidade especial para sua técnica de pesca “kamikaze”, ou seja, ave localiza as presas em voo e mergulha de uma altura que pode chegar a dezenas de metros, entrando na água em alta velocidade e capturando o peixe imediatamente. Uma característica peculiar da espécie é a falta de narinas externas, além de apresentar chuvas de impacto no crânio. No entanto, algumas vezes isso pode dar errado, e o biólogo explica que não é raro encontrar atobás com as asas deslocadas na praia. Ave é exclusiva do oceano Pacífico entre o Peru e o México, em geral em águas de alta produtividade, como nas Galápagos e Mar de Cortez. Don Johnston/BioDiversity 4All A ave mede aproximadamente 90 centímetros e pesa entre 1,5 a 2,0 kg. Esses animais nidificam no solo e os famosos “pés azuis” são exibidos no ritual de acasalamento, em que os indivíduos provocaram uma dança lenta e o macho levanta os pés alternadamente, antes de fazer uma reverência para a fêmea. Todos os atobás botam dois ovos, mas apenas um filhote – normalmente o mais velho sobrevive. Além disso, aves são consideradas predadoras, por isso nidificam em ilhas. Outras espécies da família que ocorrem no Brasil: No Atlântico brasileiro, o atobá-de-pé-vermelho nidifica apenas em Fernando de Noronha (PE) Norm Herr/BioDiversity 4Al Atobá-de-pé-vermelho A ave possui uma distribuição bem mais ampla em mares tropicais do Atlântico, Índico e Pacífico e é o menor entre os atobás. A alimentação da espécie é composta por peixes voadores e tende a pescar mais distante da terra. De acordo com o biólogo, ao contrário do atobá-de-pés-azuis, a ave construiu seus ninhos em árvores. No Atlântico brasileiro, uma espécie nidifica apenas em Fernando de Noronha (PE). No entanto, antes de ocorria também na Ilha da Trindade (RJ), mas foi extinto devido à destruição da floresta nativa pelos colonos humanos e suas cabras. Um fato interessante sobre o atobá-de-pés-vermelhos é que a ave é polimórfica, ou seja, existem indivíduos com núcleos diferentes. Há morfos brancos, marrons e intermediários, e podem ter cauda branca ou negra. Segundo Fábio, em Fernando de Noronha (PE), ratos, gatos e teiús são um problema sério, pois a ocupação crescente da ilha e a perda das árvores maiores comprometem a população dos atobás-de-pés-vermelhos e outras espécies que nidificam no local. O atobá-pardo é uma ave característica dos mares tropicais e subtropicais, inclusive das costas e éguas brasileiras, ocorrendo no Sudeste e Nordeste do Brasil. Steve B./BioDiversity 4All Atobá-pardo A espécie se alimenta de peixes e consegue capturar as presas mesmo a grandes alturas. Fica em bando em cima de barcos de pesca, onde pode pousar para descansar e às vezes conseguir um peixe jogado da embarcação. A ave nidifica em pequenas colônias no solo e é provavelmente, o mais abundante dos sulídeos. O atobá-pardo é uma ave característica dos mares tropicais e subtropicais, inclusive das costas e éguas brasileiras, ocorrendo no Sudeste e Nordeste do Brasil. No Brasil existiam do atobá-grande no arquipélago de Abrolhos, no Atol das Rocas, no Atol das Rocas, Fernando de Noronha e Ilha da Trindade 葉子 / BioDiversity 4All Atobá-grande A dieta consiste principalmente de peixes e lulas. A espécie nidifica geralmente em pequenas ilhas planas e sem árvores. O ninho é feito em bordas de falésias ou em áreas planas que permitem uma fácil decolagem, formando pequenas e médias colônias. Encontrado em todos os oceanos, preferencialmente na faixa tropical. No Brasil existiam no arquipélago de Abrolhos, no Atol das Rocas, Fernando de Noronha e Ilha da Trindade. *Texto sob supervisão de Lizzy Arruda

Fonte G1

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