Espécies da família Icteridae impressionam com técnicas para construção de seus ninhos e defesa dos filhotes. Ninhos de guaxe podem ter de 40 a 70 centímetros de comprimento Bruno Oliani É fato que, na natureza, os animais que sobreviveram são os que conseguiram se adaptar melhor às mudanças ocorridas ao longo dos anos. A capacidade de evitar predadores e obter alimento são fatores cruciais para a reprodução das espécies. E as formas como essas espécies encontram para se proteger podem, muitas vezes, impressionar. Um exemplo disso são os xexéus (Cacicus cela) que, com frequência constroem seus ninhos em árvores próximas a vespeiros. Seus ninhos ficam em galhos e possuem uma estrutura próxima com uma bolsa, sendo feitos de folhas de palmeiras, gravetos e capim. “A predação de ovos e filhotes é uma das mais importantes causas de mortalidade entre as aves de florestas tropicais. uma, mas várias adotadas para proteger seus ninhos. quanto o xexéu também encontra proteção na arquitetura dos seus ninhos. São longas bolsas muito bem trançadas que ficam pendentes nos galhos mais finos no topo das árvores, limitando muito o acesso de predadores”, afirma o ornitólogo Luciano Lima. diferentemente dos xexéus, têm seus ninhos feitos somente pelas fêmeas da espécie, também em colônias.Eles possuem de 40 a 70 centímetros e, igualmente aos xexéus, são construídos em formato de bolsa em altos galhos de árvore. Normalmente, são feitos com partes de plantas. CONHEÇA MAIS SOBRE OUTRAS ESPÉCIES “CONSTRUTORAS” Tecelões constroem ninhos com a precisão de máquinas Arquivo TG Os tecelões (Cacicus chrysopterus) e os japus (Psarocolius decumanus) também fazem parte dessa família. Os tecelões constroem seus ninhos com a precisão de uma máquina. Os abrigos têm aproximadamente 58 centímetros de comprimento e são construídos geralmente em palmeiras e acácias espinhosas, dificultando possíveis ataques de predadores. Os japus, por sua vez, constroem seus ninhos em colônias, preferindo geralmente as árvores construídas nas bordas das florestas ou clareiras. Seus lares podem estar localizados perto de outras espécies de japu, mas não exatamente na mesma árvore. Na colônia, a proteção do território fica por conta de um macho dominante. CURIOSIDADES SOBRE A FAMÍLIA No Brasil, são 41 representantes desta família. Além de ótimos “engenheiros”, também são ótimos cantores, incluindo espécies que imitam o canto de várias outras aves. Apresentam bico longo, reto e com ponta afiada, variando muito em tamanhos e núcleos. *Texto sob supervisão de Lizzy Arruda
Fonte G1