Estreia do Rodeio de Americana Libras, e intérpretes reforçam importância da inclusão: ‘Que chegue a cada vez mais eventos’

Campinas e Região



Laís Amorim e Victor Pascoalini foram os intérpretes da festa neste ano e trabalharam pela comunidade surda durante os seis dias do evento. Laís Amorim, intérprete de Libras da Festa do Peão de Americana Giovanna Rovari/g1 Ao redor da arena, um container com janelas de vidro despertava a curiosidade e ali era possível ver Laís Amorim e Victor Pascoalini, os responsáveis ​​pelo trabalho de inclusão que aconteceu na festa pela primeira vez. Especialmente durante os shows, o trabalho era digno de respeito pela eficiência, dedicação e carisma ao traduzir para a comunidade surda tudo o que se passava no evento. LEIA TAMBÉM Fã viaja 10 horas de ônibus para conhecer Ana Castela e assiste show no palco ao lado de Gustavo Mioto em Americana Laís tem 22 anos e, ao falar sobre o que é sua profissão, refere-se como sua primeira língua. “Eu tenho uma irmã [surda] que é apenas um ano e meio mais velho que eu, então desde que eu nasci precisoi aprender Libras para me comunicar com ela. Para mim sempre foi natural, eu só fui notar que essa inclusão da forma como deveria não era aplicada, quando passei a ser a única da turma na escola que sabia Libras, ou então quando passávamos algum perrengue”, conta. Ela relata que a mãe, professora, também acabou voltando ao exercício da inclusão e ajuda de pessoas com deficiência. “Minha mãe é professora de educação especial, tem muita dedicação e estudo na área dela. Quando, por uma coincidência, eu precisei cobrir um intérprete profissional em um evento onde eu era o único que sabia Libras, percebi que precisava estudar muito além da conversação e resolver me dedicar para virar profissional”, disse. Já Victor tem 25 anos e a linguagem inclusiva apareceu de uma forma inesperada, através de trabalhos voluntários para a igreja. “Tudo começou na comunidade que eu frequentava e gostava de perceber que além da inclusão, eu acho incrível poder em comunicar sem usar a voz”, afirma. Victor Pascoalini, intérprete de Libras da Festa do Peão de Americana Giovanna Rovari/g1 Por cada vez mais inclusão Para os dois jovens, a importância da língua de sinais em um evento do porte da Festa do Peão de Americana é justamente a conscientização, divulgação e , claro, inclusão da comunidade surda em todos os tipos de locais e também nas atividades de entretenimento. “Eu quero que esse tipo de trabalho chegue a cada vez mais eventos grandiosos. Acabei de voltar do João Rock, onde interpretei e isso é fantástico. Se a gente analisar, já evoluímos muito a divulgação do nosso trabalho é essencial para a conscientização de todos”, destacou Laís. “Eu quero crescer profissionalmente nessa área que é minha grande paixão, mas nada me deixa mais motivado do que entender que vivo um verdadeiro propósito pela inclusão da comunidade surda e o direito dela ocupar todos os espaços com proteção”, garantiu Victor. Projeto de lei Um projeto de lei que tramita na Câmara dos Deputados, em Brasília, conta com a presença de intérprete de Libras nas exibições de eventos públicos e privados artísticos, culturais ou sociais. Ele ainda deve passar por saborosa em plenário. VÍDEOS: Tudo sobre Campinas e Região Veja mais sobre o rodeio no g1 Campinas

Fonte G1

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