Adolfo Lutz faz análise da amostra de sangue de mulher morta após febre em SP; ’tá duro, mas temos que ser fortes’, diz irmão da vítima

Campinas e Região


Mariana Giordano, de 36 anos, e Douglas Costa, de 42, passaram a ter sintomas no dia 3 de junho e faleceram cinco dias depois. As suspeitas variam entre dengue, leptospirose e febre maculosa. Morte misteriosa de casal após visitar a áreas rurais é investigada pelo Instituto Adolfo Lutz O Instituto Adolfo Lutz, na cidade de São Paulo, está investigando a morte misteriosa de um casal na última semana. A dentista Mariana Giordano, de 36 anos, e o piloto Douglas Costa, de 42, visitaram duas áreas rurais de Campinas, no interior do estado, além da cidade de Monte Verde, em Minas Gerais. Eles passaram por ter sintomas de febre, manchas avermelhadas pelo corpo e dores no dia 3 de junho e faleceram cinco dias depois. (leia mais abaixo) O Instituto Adolfo Lutz informou, em nota, que está analisando amostra de sangue de Mariana; Depois dos resultados, serão enviados ao Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo; A vigilância epidemiológica de Jundiaí, cidade em que Douglas vivia, informou que, considerando os sintomas apresentados, a morte dele foi registrada com suspeita de dengue, leptospirose ou febre maculosa; Disse, ainda, que amostra de sangue seria enviada ao Instituto Adolfo Lutz. ‘Tá duro, mas temos que ser fortes’, diz irmão “Tá duro, mas temos que ser fortes. Temos nossos pais, que já são de idade, temos que consolar eles. Todo dia ela vem almoçar com a gente aqui, a gente era uma família muito unida. Vai ser difícil, mas temos que ser fortes”, conto Marcelo Giordano, irmão de Mariana. Marcelo encontrou a irmã todos os dias. O profissional dela, onde empregado como dentista, fica a poucos metros da motorista da qual ele é proprietário. “Ela era da área da saúde, sempre teve os exames controlados. Era uma menina que não tinha nenhum vício. aparentemente, era uma pessoa saudável”, afirmou. Aos fins de semana, também costumavam compartilhar o mesmo hobby: automobilismo. Foi assim que Mariana conheceu Douglas, que era amigo da família. “Ele que mantinha ela para ir para o sítio, porque ela ficava só estudando”, lembrou Marcelo. LEIA TAMBÉM Entenda o que é e quais sintomas da febre maculosa, possível causa da morte de piloto e namorada em SP , o casal almoçou em uma fazenda em Campinas. Nos dias 3 e 4 de junho, foram para Monte Verde, no Sul de Minas Gerais. Os sintomas pareciam a aparecer no dia 3 de junho. Eles relataram febre, dor e manchas vermelhas na pele. Os dois morreram 5 dias depois, na quinta-feira, 8 de junho. Douglas morreu por volta das 12h, e Mariana às 16h. O infectologista Renato Kfouri diz que diversas doenças febris exantemáticas — aquelas que apresentam manchas vermelhas na pele — devem ser notificadas pela Secretaria Municipal de Saúde e investigadas. “Todas as vezes que estamos de frente a um caso de uma doença que aparece manchas na pele, pense em todas as possibilidades se faz necessário. Para isso, além dos exames laboratoriais, as suposições se baseiam num tripé: pessoa, tempo e local. Quem é o indivíduo afetado, quanto tempo levou para desenvolver sintomas, se teve contato com alguém doente nos primeiros momentos e local”. O infectologista reforça que esclareceu que houve com Mariana e Douglas não é de interesse apenas das famílias: “O que chama atenção nesses casos é a morte, doença e evolução grave de duas pessoas. Tanto para febre maculosa, leptospirose e dengue, é difícil você ter dois adultos jovens evoluindo de forma tão dramática”. “É muito importante o esclarecimento diagnóstico para que a gente possa tomar as medidas de controle epidemiológico e ambiental. E que esses casos não voltem a ocorrer”, completou o médico. Casos no estado de SP De acordo com o Governo de São Paulo: Entre 1º de janeiro e 12 de junho deste ano, houve redução de mais de 24% nas mortes por dengue no estado (foram 200 mortes em 2023); Até 29 de maio, foram 280 casos e 39 mortes causadas por leptospirose; Além disso, foram dois casos e duas mortes causadas por febre maculosa (em 2022, foram 62 casos e 47 mortes).

Fonte G1

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