As principais infrações encontradas nos locais vistos incluem infestações de pragas, ausência de pia exclusiva para lavagem das mãos e falta de higiene; veja a relação completa. Coordenadoria de Fiscalização de Alimentos soma 345 denúncias de serviços de alimentação irregulares no ano Fernanda Sunega/Arquivo PMC O setor de Fiscalização de Alimentos do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) de Campinas (SP) recebe, em média, 69 denúncias por mês de serviços de alimentação irregulares. As principais infrações encontradas nos locais vistos incluem infestações de pragas, falta de pia exclusiva para lavagem das mãos e falta de higiene – veja a relação completa abaixo. O balanço divulgado pela administração municipal mostra que, entre os dias 1º de janeiro e 6 de junho deste ano, foram registradas 345 reclamações por meio do Serviço 156. Ao todo, 290 estabelecimentos foram inspecionados, e 23 deles precisaram ser interditados por não cumprirem a legislação. Principais irregularidades Infestação de pragas (baratas, roedores); Falta da pia exclusiva para lavagem das mãos nas áreas de preparação de alimentos; Falta de higiene na manipulação dos alimentos; Locais sujos, desorganizados, com acúmulo de materiais sem uso; Equipamentos e utensílios utilizados na manipulação de alimentos em más condições de conservação e com sujeiras impregnadas; Alimentos em más condições de conservação e sem informações simples como identificação, fornecedor, lote e validade. A coordenadora de Fiscalização de Alimentos, Anne Dutra, destaca que todas as reclamações são avaliadas, mas a equipe usa critérios preestabelecidos para verificar quais serão verificadas presencialmente. Denúncias relacionadas a pragas, por exemplo, costumam causar mais preocupação. “A maior parte das denúncias sobre pragas – ratos no mercado, uma barata dentro do açougue ou no restaurante – faz todo o sentido quando vamos ao local. Se existe praga, é porque não tem o controle eficaz e esse estabelecimento já está, inclusive, infestado . Até porque conseguir ver esses animais durante o dia é bem difícil”, destaca Dutra. Além do que foi denunciado, a equipe do Devisa também analisa se o estabelecimento cumpre outros requisitos de boas-práticas de manipulação de alimentos. Se houver risco iminente à saúde do consumidor, o estabelecimento é interditado e recebe um auto de infração indicando as adequações necessárias. “Tem estabelecimento que o risco sanitário é mínimo, mas não significa que ele não deixou de cumprir alguma coisa que está na legislação. Damos o auto de infração e ele tem que cumprir. Esse auto de infração pode virar uma multa, uma multa ou uma suspensão de atividades”, explica. Foto de ação de fiscalização e conscientização da Vigilância Sanitária de Campinas (SP) em maio de 2020 Alle Barbi/Prefeitura de Campinas Restaurantes lideram Segundo a coordenadora, o segmento mais denunciado ao Devisa é o de restaurantes. As irregularidades encontradas vão de objetos e equipamentos sujos à falta de uma pia específica para a lavagem de mãos, que não deve ocorrer no mesmo local onde os alimentos são manipulados. “Encontramos muitas dessas baratinhas pequenas. É o [fator] campeões, principalmente para interdição. […] A gente encontra equipamento sujo, com falta de limpeza. O local não afasta uma geladeira, uma mesa, então você vai olhar e está tudo sujo, com resíduos de alimentos”, conta. Dutra afirma que 90% do trabalho da Coordenadoria de Fiscalização de Alimentos consiste na investigação de denúncias, cuja média anual é de 700 a 800 registros. No entanto, a colaboração dos consumidores é essencial para garantir um monitoramento mais amplo. “Os consumidores são os nossos olhos lá fora. Hoje eu tenho 14 técnicos para uma cidade de 1,3 milhão de pessoas. […] Quando você tem o consumidor ao seu lado, você faz com que ele também cobre o estabelecimento. Sabendo que tem alguém olhando que pode denunciar, o local vai fazer o certo”, pontua. Denúncias de irregularidades podem ser feitas ao Serviço 156 da Prefeitura Carlos Bassan / PMC Como denunciar? ser acessado via telefone, internet e smartphone. No Portal Cidadão, seja no site ou no aplicativo, o fluxo de recepção das recepções é contínuo. Já o atendimento presencial e por telefone é feito de segunda a sexta-feira, nos horários seguintes: Telefone 156: das 8h às 18h; Espaço Cidadão no Paço Municipal, Av. Anchieta, 200, Térreo, Centro: das 8h às 17h; Portal Cidadão, via site ou aplicativo para dispositivo móvel (Android ou iOS); Postos de Atendimento Agililza Campinas: das 8h às 16h (confira aqui os endereços de todos os postos) VÍDEOS: tudo sobre Campinas e região Veja mais notícias da região no g1 Campinas
Fonte G1