Projeto traçado pelo Instituto de Pesquisas Ambientais e a Secretaria de Serviços Públicos estima a revitalização de três hectares com espécies nativas. Foto aérea mostra Lagoa do Taquaral após retirada dos eucaliptos Prefeitura de Campinas/Divulgação A Prefeitura de Campinas (SP) apresentou, nesta segunda-feira (5), um plano de reflorestamento da Lagoa do Taquaral em parceria com o Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA) ) e a Secretaria de Serviços Públicos. Segundo Marco Aurélio Nalon, do departamento técnico-científico do IPA, a proposta ainda está em andamento, mas a duração prevista para o projeto é de três anos. O objetivo é revitalizar uma área de três hectares com espécies nativas. “O projeto, inicialmente, está sendo previsto para uma duração de três anos, onde no primeiro ano vai acontecer quase tudo. […] Os estudos logo de início eo modelo de plantio e espécies, a gente acredita que nos primeiros seis meses isso já está modelado. Agora é aguardar o período adequado de planta”, explica Nalon. O projeto traçado pelo IPA tem como objetivo, inicialmente, quantificar e valorizar a madeira resultante da retirada dos eucaliptos. será aplicado no plano de reflorestamento. “Não é apenas vir e plantar, se fosse isso seria fácil, a gente teria começado a fazer covinha, colocar espécies. O que a gente está propondo é uma coisa com um pouco mais de cuidado, desde a preparação de que espécies vamos colocar, como também o principal que é a população”, afirma. Além disso, o plano de reflorestamento prevê as seguintes ações: Atividades de educação ambiental com a comunidade em geral e escolar, permitindo o envolvimento do público na recuperação, manejo e pesquisas na área; Realização de estudos para identificação e classificação dos diferentes tipos de solo, buscando orientar sobre espécies mais adequadas para plantio; Definição do modelo de plantio, incluindo as espécies que serão plantadas, espaçamento e número de indivíduos; Realização de pesquisas para estimativa da incorporação de biomassa e fixação de carbono; Uso da área recuperada como laboratório para educação ambiental e pesquisas. “Essa nova proposta que o IPA fará sem dúvida pescar as espécies nativas, espécies espécies, espécies com baixo risco de queda de galhos, baixo risco de queda que vai dar mais segurança às famílias que vão lá naquele local”, destacou o prefeito de Campinas, Dário Saadi (Republicanos). Projeto de reflorestamento da Lagoa do Taquaral foi apresentado por Marco Aurélio Nalon nesta segunda-feira (5) Guilherme Leal/CBN Campinas Reflexos da tragédia Em fevereiro, a prefeitura removeu 181 árvores na Lagoa do Taquaral. A decisão foi tomada após a tragédia que matou uma menina de 7 anos e feriu uma mulher no fim de janeiro, quando um eucalipto caiu sobre elas após chuvas frequentes e intensas. Recentemente, o Instituto de Criminalística (IC) solicitou o apoio da Unicamp para concluir o laudo da perícia do acidente. Laudos do Instituto de Pesquisa Tecnológica (IPT) e Instituto Biológico (IB) de SP que analisaram a queda da árvore apontaram o solo encharcado como uma evidência da causa do tombamento. LEIA MAIS: Pai de menina morta após queda de árvore no Taquaral decide trabalhar com crianças para ‘ficar perto’ de filha: ‘Terapia pro coração’ Sobrevivente de queda de árvore gigante deixa UTI e descobre internada que foi aprovada em concurso Sobrevivente lembra resgate após queda de árvore gigante e diz ter ouvido relato sobre ‘indícios de problemas’ árvore em Campinas dá relato emocionante, e foto inédita mostra criança pouco antes da tragédia Em surpresa, um laudo elaborado pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comdema) e apresentado durante reunião da Comissão de Arborização da Câmara de Vereadores, no início de abril, aponta novos fatores como possível causa do eucalipto: a perda de copa (galhos e folhas) ao longo dos anos, e a falta de monitoramento sobre a situação das árvores na principal área pública da cidade. Além disso, o g1 obteve um vídeo gravado em 2015 que sugere a possibilidade da tragédia ter sido evitada. Como mostram as imagens um diretor da Secretaria do Verde de Campinas (SP) à época, Marcos Boni, alertando, durante reunião do Comdema, sobre os riscos que as árvores ofereciam aos visitantes. A prefeitura, por outro lado, alegou que não recebeu qualquer documento oficial do Comdema à época e, com base nos laudos do IPT e IB, garantiu que o eucalipto estava triste e reafirmou que a queda foi decorrente do encharcamento do solo provocado pelas chuvas intensas em dias anteriores VÍDEOS: tudo sobre Campinas e região Veja mais notícias da região no g1 Campinas
Fonte G1