Queda de árvore matou menina de 7 anos e deixou jovem de 27 gravemente ferida em janeiro. Instituto anterior finalizar trabalho em 3 meses, mas, após análises, solicitou mais prazo; entenda. Eucalipto caiu na Lagoa do Taquara e matou criança em janeiro Reprodução/EPTV de uma criança de 7 anos, em 24 de janeiro. O documento é aguardado pela polícia para finalização do inquérito e a Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP) estima dois meses para a entrega do documento. Inicialmente, o IC previu três meses para concluir o relatório diante da complexidade das análises, o que não se concretizou. O caso é apurado como morte acidental pelo 4º Distrito Policial, que na semana anterior pediu à Justiça, pela segunda vez, auxílio do prazo para responder. Até a semana passada, o delegado Maurício Geremonte esperava por mais depoimentos de testemunhas arroladas pela família da criança. Contudo, explicou, a defesa decidiu não apresentar mais testemunhas para oitivas e, com isso, o inquérito deve chegar ao fim após termo do laudo. “A Superintendência da Polícia Técnico-Científica (SPTC) informou que foi solicitado no prazo de 90 dias, mas após ser verificado verificações no material coletado no dia do crime, o perito responsável solicitou ajuda a um professor especialista no assunto da Unicamp. Desta forma, foi pedido novo prazo de 60 dias para a conclusão do laudo”, diz nota da SSP. A secretaria não confirmou qual o nome do docente requisitado pelo IC para apoio nos trabalhos. Já a assessoria da Unicamp informou que cabe somente ao instituto comentários sobre o assunto. No dia do acidente, uma jovem de 27 anos também ficou gravemente ferida após a queda da árvore. Ela passou por duas cirurgias quando ficou internada no Hospital Mário Gatti, antes de ser liberada. Isabela com prima e amigas brincando em piquenique antes de tragédia na Lagoa do Taquaral Reprodução/EPTV Apurações Entre os relatos já ouvidos pela Polícia Civil estão os feitos pelos pais da menina Isabela Tiburcio Fermino, e da jovem sobrevivente, a engenheira ambiental Gabriela de Araújo Rodrigues . O delegado titular do 4º Distrito Policial também já recebeu esclarecimentos prestados pelo secretário de Serviços Públicos de Campinas, Ernesto Paulella, e pelo diretor do Departamento de Parques e Jardins (DPJ) na cidade, Luís Cláudio Nogueira Mollom. Detalhes, porém, não foram informados. Os dois últimos, em especial, trataram sobre laudos divulgados pelo governo municipal e produzidos pelos institutos de Pesquisa Tecnológica (IPT) e Biológico (IB) de SP após a queda da árvore. Os documentos apontaram o solo encharcado como provável causa do tombamento, mas também indicaram que idade, as raízes pouco evoluídas e o solo pobre podem ter contribuído para o fato. Trecho do laudo do IPT sobre eucalipto que caiu Lagoa do Taquaral Reprodução LEIA MAIS Pai de menina morta após queda de árvore no Taquaral decide trabalhar com crianças para ‘ficar perto’ da filha: ‘Terapia pro coração’ Tragédia no Taquaral: sobrevivente de queda de árvore gigante deixa UTI e descobre internada que foi aprovada em concurso Tragédia no Taquaral: sobrevivente lembra resgate após queda de árvore gigante e diz ter ouvido relato sobre ‘indícios de problemas’ Em 1ª fala após filha morrer atingida por árvore, pai cobra vigiando no Taquaral e se emociona: ‘Viveu 7 anos e influenciou multidão com amor’ ) e mostrado durante a reunião da Comissão de Arborização da Câmara de Vereadores, no início de abril, aponta novos fatores como possível causa do eucalipto: a perda de copa (galhos e folhas) ao longo dos anos, e a falta de monitoramento sobre a situação das árvores na principal área pública da cidade. Processo de perda de copa com secamento de ponteiros foi generalizado em todo o talhão de eucaliptos, diz laudo Reprodução/Google Além disso, o g1 obteve um vídeo gravado em 2015 que sugere a possibilidade da tragédia ter sido evitada. Como mostram as imagens um diretor da Secretaria do Verde de Campinas (SP) à época, Marcos Boni, alertando, durante reunião do Comdema, sobre os riscos que as árvores ofereciam aos visitantes. A prefeitura, por outro lado, alegou que não recebeu qualquer documento oficial do Comdema à época e, com base nos laudos do IPT e IB, garantiu que o eucalipto estava triste e reafirmou que a queda foi decorrente do encharcamento do solo provocado pelas chuvas intensas em dias anteriores Diretor da Prefeitura alerta para os riscos dos eucaliptos no Taquaral Plano diretor e reabertura de parques a Lagoa do Taquaral, portanto, um documento que organiza o uso do espaço de lazer e esportes de “forma mais adequada”. Na ocasião, a Secretaria do Verde informou que um plano já estava em elaboração desde julho de 2022. A Lagoa do Taquaral foi reaberta ao público em 25 de março, após extrações de 181 árvores que poderiam apresentar algum tipo de risco aos visitantes, informou a prefeitura. Logo após a tragédia, a administração determinou o fechamento de todos os bosques e parques e, desde então, 16 áreas foram reabertas, enquanto nove permaneceram fechadas. A projeção da Secretaria de Serviços Públicos está disponível para todo o público o fim do mês de maio até. Parques abertos Bosque dos Italianos Bosque São José Lago do Café Parque dos Guarantãs Lagoa do Taquaral (Parque Portugal) Parque Ecológico Monsenhor Emílio José Salim Lagoa do Jambeiro (Praça José Ferreira de Toledo) Parque Ecológico Benevenutto Tilli Praça da Juventude Alessandro Monare Parque Linear do Capivari (Parque Linear José Mingone) Bosque Ferdinando Tilli Bosque dos Cambarás Parque Dom Bosco Bosque da Mata Bosque Santa Bárbara Parque Ecológico Hermógenes de Freitas Leitão Parques fechados Bosque dos Jequitibás Bosque Ythzak Rabin Bosque Chico Mendes Bosque Augusto Ruschi Bosque dos Alemães (Praça João Lech Júnior Parques das Águas Parque Luciano Valle Pedreira do Chapadão (Praça Ulysses Guimarães) Bosque dos Artistas VÍDEOS: tudo sobre Campinas e região Veja mais notícias da região no g1 Campinas.
Fonte G1