Em 5 anos, denúncias sobre qualidade de combustíveis têm alta de 57% em Campinas, diz ANP

Campinas e Região



Número de reclamações subiu de 152, em 2018, para 239, em 2022. Sindicato dos postos afirma que adulteração é um problema infeccioso. Denúncias de combustível adulterado em postos aumentam na região de Campinas A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) registrou, nos últimos cinco anos, um aumento de 57% no número de denúncias recebidas sobre a qualidade de combustíveis em Campinas (SP ). Os dados foram obtidos pela EPTV, afiliada da TV Globo, via Lei de Acesso à Informação (LAI) Em 2018, uma agência contabilizou 152 reclamações referentes à recepção de combustíveis fora da especificação na metrópole. Já em 2022, o total de denúncias passou para 239. Veja, abaixo, os dados ano a ano. Adulteração O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Campinas (Recap), Emílio Martins, diz que a adulteração de combustível é um problema recorrente e que tem ramificações com o crime organizado. “A ANP, juntamente com a Secretaria da Fazenda em convênios que têm, elas combatem isso de forma bem forte. O problema é que nós somos 44 mil postos no Brasil, e certamente a agência tem poucos fiscais. É um campo fértil para essas quadrilhas “, pontua. Martins destaca, ainda, que o sindicato recebeu uma denúncia de que cerca de 15 postos da região estariam adicionando metanol ao etanol e à gasolina, uma substância inoportuna no Brasil e que pode trazer riscos à saúde. Ainda de acordo com o presidente do Recap, um pedido de investigação foi protocolado pelo sindicato ao GAECO do Ministério Público. Denúncias sobre qualidade de combustíveis aumentaram 57% em Campinas, diz ANP Reprodução/EPTV Denúncias Superintendente de Fiscalização do Abastecimento da ANP, Francisco Nelson Castro Neves explica que todas as denúncias recebidas pela agência são atendidas, mas somente cerca de 30% são observadas em campo , levando em conta fatores como denúncias repetidas e histórico da empresa. “Uma série de elementos é considerada dentro do nosso planejamento, mas em todas elas a gente estuda, observa e formaliza manifestações junto às empresas, de tal maneira que a gente possa, da forma mais ampla possível, atender os consumidores”, diz. Segundo Neves, como distribuidoras precisam informar à ANP sobre todos os combustíveis comercializados no Brasil, o que faz com que a agência tenha um grande número de informações para dar apoio às decisões de fiscalização. “Deste grupo [de 30%] que nós escolhemos, porque eles já são escolhidos com o cruzamento de informações de outros bancos de dados, nós temos um estudo de que em torno de 50% têm algum tipo de irregularidade, não necessariamente a que ele indicou”, explica. Prejuízo O analista de TI Mored Berdat diz que costuma ser cuidadoso, mas teve um prejuízo de mais de R$ 5 mil após abastecer o veículo em um posto de combustíveis na região central. Esta, inclusive, não foi a única vez em que ele sofreu com combustível adulterado “No dia seguinte, o motor começou a falhar. Levei ao mecânico e ele afirmou que, além do cilindro, poderia ser muito mais coisas. Acabou chegando no cabeçote do veículo. A gente teve um grande gasto nele, de peças auxiliares”, relembra. VÍDEOS: tudo sobre Campinas e região Veja mais notícias da região no g1 Campinas

Fonte G1

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